Cinema e conversa

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Wanderley Andrade

Crítica| Next Gen (Netflix)

A Netflix segue na missão de encher o catálogo de produções originais. Sua nova aposta é a animação Next Gen, que acompanha a jornada de uma menina e sua (improvável) amizade com um robô de última geração.

Na trama, Mai sente falta do pai, ausente já há muitos anos. Sua mãe, Molly, viciada em tecnologia, vive sempre “no automático” e gasta a maior parte do tempo ao lado de um robô. No filme, eles estão em todo lugar, nas residências, ruas e escolas. É quando entra em cena o robô 7723, que com seu carisma e cuidado mudará profundamente a vida de Mai.

Next Gen é uma co-produção EUA, China e Canadá e é dirigido pela dupla Kevin R. Adams e Joe Ksander. Baseado numa HQ chinesa chamada 7723, consegue estar à altura de algumas produções da Pixar, com cenários grandiosos e ricos em detalhes.

Divulgação: Netflix Brasil

 

Alguns personagens são inspirados em personalidades do setor da tecnologia. O vilão, Justin Pin, é praticamente uma cópia de Steve Jobs, com direito aos trejeitos e mesma popularidade do saudoso CEO da Apple. Tem, inclusive, seu próprio Wozniacki, o Dr. Tanner, mente por trás dos projetos de Pin e criador do 7723.

Nomes conhecidos do cinema emprestam suas vozes aos personagens. John Krasinski, diretor e protagonista do excelente Um Lugar Silencioso, dá voz ao robô 7723. Michael Pena, que protagonizou recentemente o longa Extinção, também da Netflix, dubla o cachorrinho Momo, alívio cômico da animação.

Next Gen trata não apenas do poder da amizade, mas traz também, nas entrelinhas, forte crítica ao mau uso da tecnologia e como isso pode ser prejudicial às relações. Na ânsia por encher o catálogo de produções originais, a gigante do streaming vinha errando feio em algumas de suas apostas. Mas desta vez, parece que acertou.

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