Cinema e conversa

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Wanderley Andrade

Oscar: No Portal da Eternidade

Vincent van Gogh foi um dos pintores mais influentes da história da arte ocidental. Em pouco mais de uma década, pintou mais de dois mil quadros . Vendeu apenas um em vida, o quadro “Vinhedo Vermelho”. Viveu cercado por polêmicas como quando cortara parte da orelha esquerda após uma discussão com o pintor francês Paul Gauguin. O novo trabalho do diretor americano Julian Schnabel, o filme No Portal da Eternidade, retrata com singeleza e bom gosto parte dessa história.

O filme acompanha Van Gogh em suas inquietações. A câmera sempre muito perto dos personagens dá à narrativa um caráter intimista e nos transporta para o mais profundo das dores do pintor holandês. A fotografia é uma obra de arte à parte, com imagens que mais parecem quadros pintados por um talentoso pintor. O responsável pelo bom trabalho é o francês Benoît Delhomme, que tem no currículo a direção de fotografia do longa Teoria de Tudo.

 

Divulgação: Diamond Films

 

O roteiro foi escrito a seis mãos por Jean-Claude Carrière, Louise Kugelberg e, acumulando a função de roteirista, Julian Schnabel. Para quem ainda não conhecia o trabalho do diretor, Schnabel ganhou em 2007 o prêmio de melhor direção em Cannes pelo filme O Escafandro e a Borboleta.

Willem Dafoe encarna Vincent van Gogh. Após ser indicado ao Oscar de melhor ator coadjuvante por A Sombra do Vampiro e Projeto Flórida, disputa agora o prêmio de melhor ator. Parada nada fácil considerando concorrentes como Rami Malek por Bohemian Rhapsody e o favorito Christian Bale protagonista de Vice.

 

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