Entre sons, tintas e pincéis

*Paulo Caldas

Por séculos e séculos tornou-se invisível a linha de separação entre a Medicina e as múltiplas formas de expressão artística. Neste universo sem fronteiras, seguidores de Hipócrates acompanharam também os ícones da estética. Os que se dedicam à cirurgia, por exemplo, exercem no cotidiano profissional o seu estado de arte. São incontáveis os médicos que no ofício diário mantém estreita afinidade com as letras, as formas, cores, harmonias, ritmos e melodias.

A biografia de Theodor Billroth, um trabalho artesanal nascido do manuseio do cirurgião Renato Dornelas Câmara Neto, é um indicativo que a medicina e arte são siamesas de um só corpo e sentimentos. Renato, de posse de um cinzel, esculpiu a vida do biografado desde a infância, deu forma à trajetória desse fenômeno humano, e na destreza do manejo de pincéis e matizes, deu cores às palavras proferidas e ideias concebidas por Billroth.

Com fé em Deus, Renato transportou-se ao século XIX, tomou assento ao lado do biografado e Allegro ma non troppo, vivenciou em melodia e harmonia as fases da vida do colega alemão. Também foi a Alserstrasse, hoje é conhecida como Rua 19, Billrothstrasse, casa ampla, com salões apropriados para recitais, onde o biografado recebia renomados músicos. E na condição de ilustre convidado, assistiu aos saraus patrocinados por Billroth e emocionado aplaudiu recitais de Johannes Brahms, parceiro do anfitriã

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