Espetáculo “Começar outra vez” aborda importância de doar órgãos

O ano de 2017 foi de boas notícias para a área de transplantes de órgãos e tecidos em Pernambuco. Segundo balanço da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), divulgado neste mês de março, o Estado ficou, em 2017, em primeiro lugar do Norte e Nordeste no número de procedimentos de coração, rim, pâncreas, córnea e medula óssea. Pernambuco ainda figura na segunda colocação do Brasil no caso do coração.

Além de ações na área de saúde, a mobilização social também é essencial para divulgar a importância do ato de doar. O espetáculo “Começar outra vez”, que será apresentado no Recife no próximo dia 23.03, às 20h, no Teatro Santa Isabel, confirma o valor de também unir a cultura nessa luta pela vida.

A peça foi criada a partir da vivência do ator Northon Nascimento, conhecido por papéis em novelas e séries globais, como Fera Ferida, A Próxima Vítima e Chiquinha Gonzaga; e filmes, como Carlota Joaquina. Em 2003, ele precisou de um transplante de coração. Após quatro dias na fila de espera, conseguiu o órgão e o procedimento foi realizado com sucesso. Em 2007, poucos meses após iniciar os trabalhos em “Começar outra vez”, o ator faleceu vítima da hepatite C, outro assunto que passou a fazer parte do espetáculo, que tem no palco a atriz e esposa de Northon, Kely Nascimento, e o ator Robson Vellado.

Com linguagem leve, a peça apresenta a história do casal Adão (Robson Vellado) e Eva (Kely Nascimento), que, mesmo diante das personalidades diferentes e dos problemas do relacionamento, conseguem se manter juntos por meio da doação e do amor.

“Mesmo com brigas, confusões e terapias, eles descobrem que o ato de doar pode solucionar os problemas da relação. Doação de amor, de paciência, de abrir mão pelo outro. E que dar uma chance ao próximo e começar outra vez são ações possíveis. Por meio dessa história toda, queremos reforçar com o público a importância de ser doador de órgãos e tecidos”, afirma a atriz Kely Nascimento, que, ao final da encenação, interpreta um texto poético sobre seus dias ao lado de um transplantado. No Brasil, a doação de órgãos e tecidos só ocorre com a autorização de um parente de até segundo grau do doador.

O espetáculo ainda aborda a conscientização e importância do diagnóstico precoce da hepatite C, doença tratável que, sem a assistência devida, pode levar o paciente a fila de espera por um fígado. No Estado, a peça “Começar outra vez” tem o apoio do Governo de Pernambuco, por meio da Central de Transplantes (CT-PE) e das secretarias estaduais de Saúde, Cultura e Turismo, Esporte e Lazer, além da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), universidades, hospitais e instituições ligadas à doação de órgãos e tecidos e apoio aos pacientes.

Toda a bilheteria arrecadada da peça, já vista por mais de 100 mil espectadores, será doada para a Associação Pernambucana de Apoio aos Doentes de Fígado (Apaf) e para a Casa de Apoio do Transplante de Medula Óssea. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).

Serviço
Começar outra vez
Dia: 23.03
Horário: 20h
Onde: Teatro Santa Isabel (Praça da República, 233, bairro de Santo Antônio – Recife/PE)
Classificação etária: 12 anos
Ingressos: no Teatro Santa Isabel (81 3355.3323) e na sede da Apaf (R. Arnóbio Marques, 310, Santo Amaro – Recife/PE – 81 3184.1244)

DADOS DE TRANSPLANTES – Durante todo o ano de 2017, Pernambuco concretizou 1.790 transplantes. O quantitativo é 22,27% maior do que o mesmo período de 2016, com 1.464 procedimentos. O maior crescimento foi nos transplantes de coração, com 54 em 2017 e 38 em 2016 (aumento de 42%). Em seguida, vem rim: 404 em 2017 e 286 em 2016 (aumento de 41%).

Ainda foram realizados 225 procedimentos de medula óssea (187 em 2016 – crescimento de 20%), 968 de córnea (827 em 2016 – ampliação de 17%), 129 de fígado (112 em 2016 – aumento de 15%). Também foram feitos 6 transplantes de rim/pâncreas, 2 de fígado/rim e 2 de válvula cardíaca.

“O trabalho de conscientização da população e de mobilização dos profissionais de saúde para doações e transplantes de órgãos e tecidos é constante e diário. Estamos permanentemente sensibilizando os familiares dos potenciais doadores sobre esse ato de solidariedade. Também estamos focando nas capacitações dos profissionais de saúde para otimizar tanto o trabalhão de acolhimento das famílias quanto nas ações de manutenção do potencial doador e de todas as etapas para concretizar o transplante”, afirma a coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE), Noemy Gomes.

FILA DE ESPERA – Atualmente, 966 pessoas estão em fila de espera por um órgão ou tecido em Pernambuco. O maior quantitativo aguarda por um rim (768), seguido de fígado (93), córnea (62), medula óssea (25), coração (16) e rim/pâncreas (2).

(Governo do Estado de Pernambuco)

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