Janela de Cinema exibe clássicos “Sem destino” e “Tudo sobre minha mãe”

*Por Houldine Nascimento

Com direção de Dennis Hopper, o filme “Sem destino” (“Easy rider”, EUA) é considerado um clássico. Lançada há 50 anos, a obra ganha sessões especiais no 12º Janela Internacional de Cinema do Recife. A primeira delas ocorre nesta sexta-feira (8), às 20h, no Cinema da Fundação, no Derby. No sábado (9), às 23h, é a vez de o Cinema São Luiz exibir a produção.

“Sem destino” é estrelado por Hopper, Peter Fonda e Jack Nicholson e narra a viagem de dois motoqueiros pelo sul dos Estados Unidos e sem muitos objetivos, como revela o título em português. O filme se tornou marco inicial da Nova Hollywood, quando uma geração de novos diretores – entre eles Francis Ford Coppola, Steven Spielberg, Martin Scorsese, Woody Allen e George Lucas – emergiu e esteve à frente do processo de criação de grandes produções dos anos 1970.

Além do longa norte-americano, outro destaque na programação do Janela é “Tudo sobre minha mãe” (“Todo sobre mi madre”, ESP, 1999), de Pedro Almodóvar. Ganhador do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2000, o filme encerra oficialmente a programação do festival, no domingo (10), às 20h30, no São Luiz. Antes, no sábado (9), às 20h15, haverá uma sessão do filme, no Cinema da Fundação.

ABERTURA – O Janela de Cinema teve início na última quarta-feira (6), com exibições de curtas e longas no Cinema São Luiz. À noite, houve a abertura oficial com a primeira sessão no Nordeste do novo filme de Robert Eggers, “O farol” (“The lighthouse”, 2019), produzido pelos brasileiros Rodrigo Teixeira e Lourenço Santana e protagonizado por Willem Dafoe e Robert Pattinson. A previsão é de que o longa estreie nos cinemas brasileiros em janeiro de 2020.

Antes, o diretor artístico do festival, o cineasta Kleber Mendonça Filho, e a equipe do evento falaram ao público. Ao discursar para a plateia, que lotou a tradicional sala de exibição recifense, o realizador lamentou o momento conturbado por que passa o audiovisual brasileiro e agradeceu aos patrocinadores às 270 pessoas que fizeram doações para que o festival, que esteve perto de ser cancelado, ocorresse.

“Há um desmonte muito claro acontecendo e é muito impressionante a gente ter de lidar com esse tipo de notícia o tempo todo. O momento é muito ruim para o país em que a gente vive e é muito importante que existe uma união nossa, de toda a classe artística, dos trabalhadores do audiovisual, para que a gente enfrente esse clima tóxico e não deixe esse clima envenenar a gente”, declarou Mendonça Filho.

*Houldine Nascimento é jornalista

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