Mostra Cinema do Presente reúne curtas sobre questões sociais e políticas

A primeira edição da Mostra Cinema do Presente reúne curtas-metragens brasileiros que abordam questões sociais, políticas e crises do mundo contemporâneo. Após etapas de inscrições e curadoria, a Mostra apresenta 20 filmes selecionados.

Todos os curtas são disponibilizados por streaming de 10 a 13 de março através do site www.cinemadopresente.com no qual é possível conferir as sinopses de cada filme.

A programação audiovisual tem acesso gratuito. A mostra também promove a Oficina de Críticas Urgentes, ministrada por Carol Almeida. Ao longo da oficina, os participantes produzirão críticas sobre filmes da mostra. Os textos serão publicados no site ao final da mostra. As inscrições para a oficina já foram encerradas, 23 participantes foram selecionados.

A Mostra Cinema do Presente é uma produção da Gatopardo Filmes com incentivo da Lei Aldir Blanc / Governo Federal, através de edital lançado pelo Governo de Pernambuco, Secretaria de Cultura e Fundarpe. A curadoria foi realizada por Juliana Soares, Enock Carvalho e Matheus Farias.

A Mostra Cinema do Presente pretende possibilitar ao público reflexões e debates sobre o passado, futuro e presente. “A seleção orientou-se pelo desejo de trazer filmes que – a partir de diferentes gêneros e linguagens – trazem à tona tanto inquietações com o cenário atual do país e do mundo, quanto vislumbres sobre um futuro possível”, explica Juliana Soares.

Os títulos da mostra foram selecionados entre 428 filmes inscritos. São obras de várias partes do Brasil e uma coprodução com Portugal. A programação inclui filmes de realizadores da Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Norte, Paraná, Distrito Federal, Minas Gerais, Amazonas e Ceará.

“São filmes que questionam, tensionam, problematizam olhares e situações. Alguns deles conseguem subverter a própria arte do fazer cinematográfico, propondo narrativas e linguagens muito particulares de seus realizadores”, destaca Enock Carvalho.

“Apresentamos algumas obras realizadas durante este período de isolamento social e caos devido à pandemia do Coronavírus. É o caso de “Um Filme de Quarentena”, de Jessica Linhares e Miguel Chaves (RJ), e “Célio’s Circle”, de Diego Lisboa (BA), filmes provocadores que nos fazem enxergar a pandemia pelos olhos de outras pessoas”, detalha Carvalho.

A Mostra Cinema do Presente também traz diversidade temática, de gêneros e linguagens. A pauta indígena e questões LGBTQIA+, por exemplo, estão presentes nos curtas selecionados. “A causa indígena é abordada nos filmes “O Jardim Fantástico”, de Fábio Baldo e Tico Dias (SP), e “A Tradicional Família Brasileira Katu”, de Rodrigo Sena (RN)”, destaca Juliana Soares.

“Os corpos e questões LGBTQIA+ estão na seleção da Mostra. Essas pautas fazem parte das discussões do hoje e do agora, e os filmes contemplam uma grande diversidade de representações, corpos, cores e vozes. Como exemplo, destaco as performances das personagens de “Perifericu”, de Nay Mendl, Rosa Caldeira, Stheffany Fernanda e Vita Pereira (SP), a denúncia da homofobia em “Bicha-bomba”, de Renan de Cillo (PR), e a reconstrução das memórias de infância em “Valdira”, de Filipe Marcena (PE)”, aponta Matheus Farias.

Farias também pontua que vários filmes da mostra trazem o gênero cinematográfico como parte fundamental da narrativa. “Curtas como “Os Últimos Românticos do Mundo”, de Henrique Arruda (PE), e “Preces precipitadas de um lugar sagrado que não existe mais”, de Rafael Luan e Mike Dutra (CE), se utilizam dos instrumentos da ficção-científica para imaginar o fim do mundo ou resolver questões do passado, por exemplo. Há uma certa tendência na produção de curtas-metragens brasileiros de se utilizarem cada vez mais desses signos para fortalecer suas histórias”, explica.

SERVIÇO

Mostra Cinema do Presente

De 10 a 13 de março

20 filmes por streaming no site www.cinemadopresente.com

Acesso gratuito

Acompanhe no Instagram @cinemadopresente

Filmes

“À beira do planeta mainha soprou a gente”, dirigido por Bruna Barros e Bruna Castro (BA)

“A destruição do planeta live”, dirigido por Marcus Curvelo (RJ)

“A Mordida”, dirigido por Pedro Neves Marques (SP/Portugal)

“A Tradicional Família Brasileira Katu”, dirigido por Rodrigo Sena (RN)

“Aonde vão os pés”, dirigido por Débora Zanatta (PR)

“Bicha-bomba”, dirigido por Renan de Cillo (PR)

“Celio’s Circle”, dirigido por Diego Lisboa (BA)

“Colmeia”, dirigido por Maurício Chades (DF)

“De vez em quando eu ardo”, dirigido por Carlos Segundo (MG)

“Medo da Chuva em Noite de Frio”, dirigido por Victor Hugo Fiuza (RJ)

“Meninos Rimam”, dirigido por Lucas Nunes (SP)

“O Jardim Fantástico”, dirigido por Fábio Baldo e Tico Dias (SP)

“Os últimos românticos do mundo”, dirigido por Henrique Arruda (PE)

“O Barco e o Rio”, dirigido por Bernardo Abinader (AM)

“Pausa para o café”, dirigido por Tamiris Tertuliano (PR)

“Perifericu”, dirigido por Nay Mendl, Rosa Caldeira, Stheffany Fernanda e Vita Pereira (SP)

“Preces precipitadas de um lugar sagrado que não existe mais”, dirigido por Rafael Luan e Mike Dutra (CE)

“Um Filme de Quarentena”, dirigido por Jessica Linhares e Miguel Chaves (RJ)

“Valdira”, dirigido por Filipe Marcena (PE)

“Você já tentou olhar nos meus olhos?”, dirigido por Tiago Felipe (PR)

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