Sonora Coletiva convida Antonio Nóbrega para uma conversar sobre cultura popular

O próximo convidado do Sonora Coletiva, o recifense Antonio Nóbrega, iniciou sua carreira artística como violinista ainda nos anos de 1960. Muito jovem passou a integrar a Orquestra de Câmara da Paraíba e a Orquestra Sinfônica do Recife. E logo seria convidado por Ariano Suassuna para participar do Quinteto Armorial, grupo precursor na criação de uma música de câmara brasileira de raízes populares. Fruto do seu envolvimento com o universo da cultura popular brasileira, a partir da segunda metade dos anos de 1970, começou a desenvolver um estilo próprio de criação no campo da música e das artes cênicas, incluindo a dança. Desde então, encenou e apresentou diversos espetáculos no Brasil e no exterior, onde também desenvolveu uma sólida carreira artística envolvendo suas três paixões: música, dança e teatro.

É com esse artista múltiplo e também único o bate-papo que acontecerá na próxima quinta-feira (dia 25), às 19h, e será transmitido pelo Canal multiHlab, no YouTube, como parte das atividades do Sonora Coletiva, vinculado à Revista Coletiva, da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). Participarão da conversa os pesquisadores Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto, responsáveis pela mídia experimental Sonora Coletiva. Os pesquisadores também têm desenvolvido atividades no âmbito do Núcleo de Imagem, Memória e História Oral (NIMHO), do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira (Cehibra), registrando depoimentos dos que produziram música em Pernambuco entre os anos de 1970 e 2000, além de editarem e apresentarem o Sonora Coletiva.

Originalmente um podcast da Revista Coletiva, no atual formato de encontros virtuais e transmitido pelo Youtube, o Sonora Coletiva tem abordado vários campos da cultura, como a música, a literatura, a dança e o teatro, entre outros, dando ênfase a bate-papos com nomes que transitam em mais de uma dessas expressões artísticas. No caso do Antonio Nóbrega, segundo o pesquisador Túlio Velho Barreto, o convite se deu “por se tratar de um artista completo, múltiplo, que conseguiu inovar e se destacar em todos os campos em que atua, sendo igualmente um formador de novos artistas. Na verdade, Nóbrega é um dos mais originais artistas de sua geração, que poderia ter restringido sua carreira no respeitado e bem sucedido Quinteto Armorial. Mas, não. Sendo alguém que parece ser irrequieto, como um autêntico brincante, e que gosta de encarar sempre novos desafios, se dedicou a ampliar a abordagem da cultura popular, indo além da leitura que o Quinteto Armorial fazia a partir da tradição europeia dos grupos de câmara.”

Além dos álbuns gravados com o Quinteto Armorial, Nóbrega já lançou 12 CDs solos e três DVDs. Em novembro de 1992, fundou com Rosane Almeida – atriz, bailarina e sua esposa – o Instituto Brincante, em São Paulo. Em 2014, o cineasta Walter Carvalho realizou o premiado longa-metragem Brincante, dedicado à sua trajetória artística. Ao longo dos anos, recebeu diversos prêmios e homenagens, em Pernambuco e em São Paulo, onde mora e participa de projetos na área da arte-educação. Em 2020, coube a Antonio Nóbrega realizar a abertura do Carnaval do Recife. Na ocasião, se apresentou acompanhado de 10 músicos, 24 bailarinos e oito artistas circenses. Todas as músicas ali apresentadas foram compostas por ele e o poeta pernambucano Wilson Freire, seu parceiro desde sempre.

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