BNDES planeja atuação no Nordeste

Em 2017 o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) empregou na região nordestina 20% do total de investimentos realizados. A informação é do chefe de Departamento Regional Nordeste do BNDES, Caio Ramos, que foi palestrante da reunião do Conselho Estratégico Algomais Pernambuco Desafiado, ocorrida em abril. O encontro faz parte da Pesquisa Empresas & Empresários, que é realizada pela TGI e INTG, com patrocínio do Governo do Estado de Pernambuco.
Entre 2007 e 2017, o banco destinou R$ 190,2 bilhões para o Nordeste, o que representou 13,3% do total investido na década. “Esse percentual é fruto de um crescimento nos últimos anos, visto que em 2007 os aportes na região representavam apenas 8% do total”, informa Ramos.

A maior parte dos investimentos foram em infraestrutura (68% do total em 2017), com obras como ferrovias e sistemas de abastecimento. Mas um setor que ganhou destaque foi o de energias renováveis, principalmente com a implantação dos parques eólicos. Entre 2012 e 2017, foram aplicados R$ 23,82 bilhões no Nordeste neste segmento. Valores que representam 19,9% de todo o aporte do banco no período na região.

Nos dois últimos anos, o desembolso do BNDES em Pernambuco foi de R$ 1,7 bilhão. Muito inferior aos anos anteriores, antes do agravamento da crise econômica. As principais operações apoiadas pelo banco foram no Estaleiro Atlântico Sul, na Petroquímica Suape e na Fiat, além do apoio ao próprio Governo do Estado de Pernambuco. O município que mais recebeu recursos neste período foi Ipojuca, onde está localizado o Pólo de Suape.

A instituição tem destinado uma atenção especial ao fomento de cadeias produtivas estratégicas, como a de energias renováveis e a indústria automotiva. “O Nordeste é um dos lugares onde podemos fazer investimentos e ter um retorno mais rápido, pois há uma grande deficiência de infraestrutura na região”, explica Caio Ramos.

O diretor do BNDES, que é o terceiro maior banco de desenvolvimento do mundo, destacou que a instituição financiou diversos projetos na última década, fundamentais para o crescimento do desempenho econômico regional recente acima da média nacional.
Dentro de um recorte mais social da atuação da instituição, o chefe do departamento regional ressaltou o financiamento dos bancos de sementes crioulas do semiárido e da construção de cisternas. “Desde 2013, o BNDES apoiou a implementação de cisternas para produção da segunda água (voltada para produção de alimentos), que são destinadas a famílias rurais de baixa renda”, conta Caio Ramos. Ele afirma que um novo projeto foi contratado para implantação de 6.821 tecnologias sociais em 68 municípios dos nove estados do Semiárido, no valor de R$ 100 milhões.

Na missão estratégica do banco até 2035, Caio destacou três áreas de maior interesse da instituição: infraestrutura; estrutura produtiva (que está relacionada ao apoio à transformação de modelos de negócio tradicionais e à inserção do Brasil na economia global e do conhecimento); e em educação, saúde e segurança. Como alvos transversais do BNDES estão o estímulo à sustentabilidade, à inovação, ao desenvolvimento regional e do mercado de capitais.

Apenas no fomento à inovação, o banco dedicou em 2017, 3,2% do seu desembolso total no ano. A critério de comparação do foco dado a essa questão, em 2009 apenas 0,4% dos recursos do BNDES tinham sido voltados para projetos inovadores. “O investimento em inovação é relevante, considerando o momento econômico o País, que está cortando recursos nesta área. Alguns desses valores, inclusive, são não reembolsáveis, para incentivar o aumento da produtividade regional e o avanço tecnológico”, destaca Ramos.

E&E
Com o tema Pernambuco Além da Crise, a pesquisa Empresas & Empresários tem o desafio de mapear quais foram as ações do empresariado pernambucano para superar a recessão econômica que se abateu no País nos últimos anos.
A TGI e o INTG estão convidando as companhias dos 15 principais setores produtivos do Estado para responderem a um questionário (disponível no site: www.algomais.com/pesquisa). Os melhores cases de cada setor e um geral serão reconhecidos com o Prêmio Quem Faz Algomais por Pernambuco.

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