Senai-PE está realizando manutenção de respiradores mecânicos em desuso

Com o objetivo de fortalecer o sistema de saúde no enfrentamento à Covid-19, o SENAI Pernambuco está realizando, voluntariamente, a manutenção de respiradores mecânicos que estão fora de uso. A ação faz parte da Iniciativa + Manutenção de Respiradores, idealizada pelo SENAI Nacional em parceria com o Governo Federal e com empresas de todo o País. Ao todo, serão 32 pontos de atendimento. Em Pernambuco, os serviços serão prestados no SENAI Santo Amaro, que já recebeu os primeiros equipamentos para conserto, e, também, na planta da Fiat Chrysler Automóveis (FCA), localizada em Goiana. Todo processo de priorização e logística está sendo realizado em parceria com a Secretaria de Saúde do Estado (SES-PE).

Segundo dados da LifesHub Analytics e da Associação Catarinense de Medicina (ACM), cerca de 3,6 mil ventiladores pulmonares estão fora de operação no Brasil, seja por terem sido descartados ou por terem necessidade de manutenção. Em Pernambuco, segundo dados da SES-PE, estima-se que 150 aparelhos necessitem de manutenção. Os respiradores mecânicos são essenciais para o tratamento de pessoas que apresentam sintomas graves da covid-19. A estimativa é que cada ventilador recuperado atenda até 10 pessoas. No SENAI, a manutenção será feita por oito docentes de diversas escolas da rede e que atuam nas áreas de Eletrônica, Mecânica e Calibração de Instrumentos.

Primeiramente, devido à parceria com a SES-PE, serão priorizados os equipamentos da rede pública de saúde. “A Secretaria de Saúde tem uma visão global de prioridade e necessidade e conseguirá gerir essa questão da melhor forma possível. Estamos nos organizando também para, em um segundo momento, atender à rede privada”, pontua o gerente de Consultoria do SENAI Pernambuco, Oziel Alves. Os estabelecimentos de saúde que estejam precisando do serviço de manutenção podem entrar em contato com o SENAI Pernambuco pelo e-mail oziel.alves@sistemafiepe.org.br.

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SENAI mobiliza a indústria para aumentar fabricação de equipamentos de proteção contra coronavírus

Na segunda quinzena de março, foram fabricados mais de 20 mil máscaras cirúrgicas e 15 mil protetores faciais, entre outros itens, em parceria da rede de inovação e tecnologia do SENAI com 35 empresas

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) mobilizou a sua rede de 27 Institutos de Inovação e 60 Institutos de Tecnologia, assim como indústrias parceiras para aumentar a produção no Brasil dos equipamentos de proteção individual (EPIs). Na segunda quinzena de março, foram fabricados mais de 20 mil máscaras cirúrgicas, 15 mil protetores faciais, cinco mil aventais hospitalares e 3 mil litros de álcool gel em unidades do SENAI e de pelo menos 35 empresas. Todos os itens produzidos seguem rigorosamente as recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

As máscaras cirúrgicas, protetores faciais (faceshield), luvas cirúrgicas e de procedimentos, aventais e produtos antissépticos – como álcool-gel 70% e álcool glicerinado 80% – estão sendo doados às secretarias de saúde em 16 estados para distribuição a hospitais públicos e particulares. Além disso, em Santa Catarina, 14 indústrias demonstraram interesse em fabricar máscaras e aventais, e aguardam retorno da Secretaria de Saúde estadual a fim de iniciar a produção. A previsão é que, juntas, consigam produzir 1 milhão itens por mês. Os EPIs são essenciais para a proteção dos profissionais de saúde que atendem pacientes com a covid-19.

O SENAI também orienta a indústria têxtil sobre as especificações técnicas exigidas para a produção de insumos e de EPIs que utilizam materiais têxteis, a fim de ampliar a fabricação desses itens. As informações são repassadas em parceria com associações Industriais como a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), a Associação Brasileira das Indústrias de Não Tecidos e Tecidos Técnicos (ABINT) e a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

A instituição pesquisa ainda, em sua rede de laboratórios, o uso de materiais alternativos, mantendo os requisitos de segurança, que possam ser usados em itens que serão fabricados. “O SENAI tem atuado em diversas frentes para ajudar a sociedade brasileira a enfrentar a pandemia de covid-19. Sem dúvida, a iniciativa de apoiar o aumento da produção de equipamentos de proteção individual é uma das mais relevantes, pois busca proteger os profissionais de saúde, os nossos heróis nesta guerra contra o coronavírus”, afirma o diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi.

MÁSCARAS CASEIRAS – Referência nacional em pesquisa, desenvolvimento e educação na área têxtil, o SENAI-Cetiqt, localizado no Rio de Janeiro, está definindo protocolos para confecção de máscaras simples para uso doméstico, com orientação quanto a materiais, costura e uso. Acesse aqui essas informações. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, sugeriu que a população utilize máscaras de tecido para permitir que os produtos industriais possam ser usados por profissionais de saúde.

Coordenada pelo SENAI de Santa Catarina e pela Associação Brasileira da Indústria da Ferramentaria (Abinfer), outra iniciativa mobilizou 50 indústrias para produzir protetores faciais. A meta é fabricar até sexta-feira 500 mil desses produtos, que devem ser usados como complemento aos demais itens de segurança, como máscaras, luvas e touca.

Centros de inovação da rede do SENAI também têm produzido protetores faciais. O Instituto de Inovação em Energias Renováveis, em Natal, confeccionou 1.500 desses itens com material próprio, que foram doados à Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte. Outro exemplo é do Instituto de Tecnologia em Automação, em Maracanaú (CE), que desenvolveu protótipo em impressora 3D, validado por comitê técnico da Secretaria de Saúde do estado. Em parceria com a empresa Esmaltec, do Grupo Edson Queiroz, a expectativa é a produção de 40 mil protetores de acetato, que serão doados ao sistema de saúde do Ceará.

Em Salvador, o SENAI Cimatec desenvolveu ainda um modelo de protetores faciais, mais confortáveis ao uso e com processo produtivo mais ágil e flexível. Esse sistema fabril pode ser implantado em empresas que tenham interesse e infraestrutura para produção desse tipo de EPI. Em cada unidade do SENAI que fizer parte da iniciativa, com parceria de empresas, será possível produzir mil protetores faciais por dia. Já foi solicitada à Anvisa a aprovação do novo modelo.

ÁLCOOL GEL – A instituição também mobilizou a indústria para a produção de álcool-gel, seguindo as normas da Anvisa. Em Santa Catarina, por exemplo, a previsão é que a empresa WEG produza 100 mil litros do produto por mês. No Rio Grande do Sul, a rede de Inovação e Tecnologia produziu álcool etílico glicerinado 80%, utilizado por profissionais da área da saúde apenas como antisséptico para as mãos. Já foram doados frascos ao Hospital Tacchini, de Bento Gonçalves, à Secretaria Regional do Trabalho de Porto Alegre e ao Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) de Caxias do Sul. Os insumos foram doados por empresas industriais do estado.

O SENAI pôs sua infraestrutura a serviço do combate à pandemia de coronavírus em quatro frentes: 1) detecção e diagnóstico, por meio do apoio à maior produção de testes para detecção do vírus; 2) prevenção, com ajuda à fabricação de equipamentos de proteção individual (EPI); 3) tratamento de doentes, ao trabalhar na manutenção de respiradores mecânicos parados e apoiar a fabricação e desenvolvimento de novos equipamentos, e 4) gestão hospitalar, ao prestar consultoria para organização do fluxo, buscando otimizar o atendimento em hospitais e proteger os profissionais de saúde.

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