Sergio Montenegro Filho e Túlio Velho Barreto conversam sobre “Queridos Rivais”

Hoje (21), Sérgio Montenegro Filho, jornalista e consultor de estratégia, e Túlio Velho Barreto, cientista político e pesquisador da Fundaj, fazem um batepapo ao vivo pelo Instagram sobre o livro “Queridos Rivais”. A publicação trata sobre a história da política recente de Pernambuco, contada de forma jornalística, leve e recheada de bastidores.

É possível acompanhar a live no perfil de Sérgio Montenegro Filho (@sergio_montenegro) ou no de Túlio Velho Barreto (@tulio.velhobarreto), a partir das 20h.

SAIBA MAIS SOBRE O LIVRO

Aliança PMDB-PFL: uma guinada política improvável, analisada de uma forma madura, 25 anos depois

Em 1985, após vinte anos de polarização, Arena e MDB apararam arestas e se uniram em torno de um objetivo: pactuar uma saída institucional do regime militar e assegurar a redemocratização do País. Quase uma década depois haveria uma nova aproximação entre os partidos rivais, dessa vez em Pernambuco, onde caciques do PMDB e do PFL vislumbraram a chance tomar o comando do Estado das mãos do PSB do governador Miguel Arraes, e ainda montar uma estratégia que garantisse a longevidade no poder.

Antes de mais nada, era preciso oferecer uma justificativa plausível para essa guinada política ao eleitor pernambucano, testemunha de duríssimos embates entre os dois lados, e acostumado a tomar partido de um deles. O argumento da aliança baseada no desenvolvimentismo caiu como uma luva, em um Estado carente em diversas áreas, mas, acima de tudo, na economia.

Consolidavam-se ali as bases da União por Pernambuco, brindando os ex-rivais com mais de uma década de poder. O período em que governaram juntos e afinados, sob a liderança inabalável do peemedebista Jarbas Vasconcelos, só seria interrompido em 2006 pelo neto de Arraes, Eduardo Campos, que “cobrou a fatura” ao derrotar os aliados e eleger-se governador.

Como repórter da editoria de política do Jornal do Commercio, Sérgio Montenegro acompanhou o processo de costuras da aliança desde o início, relatando o primeiro encontro público entre o então governador Joaquim Francisco, líder maior do PFL, e o prefeito do Recife à época, Jarbas Vasconcelos, chefe do PMDB.

“Quando recebi a informação sobre o acordo em curso, duvidei imediatamente. Acostumado a cobrir intermináveis confrontos entre PFL e PMDB, jamais teria imaginado a possibilidade. Eram a esquerda e a direita, óleo e água. Ainda por cima em Pernambuco, onde acirramento político é regra. Mas a fonte da informação era sólida, e decidi investigar”, conta Sérgio Montenegro, acrescentando que foi preciso vencer antes o ceticismo dos editores e colegas de redação diante daquela “pauta improvável”.

Algumas semanas depois, de fato, o repórter testemunhava pessoalmente o almoço promovido pelo então deputado federal pefelista José Mendonça, em sua fazenda na cidade de Belo Jardim, em torno dos dois caciques partidários. Estava deflagrado o processo da inacreditável aliança e, de quebra, garantido um histórico furo de reportagem para o JC. “Pouco tempo depois, pefelistas e peemedebistas já dividiam o mesmo palanque e o mesmo discurso, sobre a necessidade de conquistar o poder no Estado para soerguê-lo economicamente. O que terminaria acontecendo em poucos anos”, acrescenta o autor.

É possível adquirir o livro na Livraria da Praça (em Casa Forte), na Livraria Imperatriz (Shopping Recife e Shopping Difusora, em Caruaru) e na Amazon.

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