Suape e Hippocampus em defesa dos cavalos-marinhos

Do Complexo de Suape

O Complexo de Suape firmou convênio com o Instituto Hippocampus, entidade sem fins lucrativos, que atua há mais de 25 anos na preservação do cavalo-marinho. O instituto vai realizar o monitoramento da qualidade do ambiente estuarino da região de Suape, tendo como indicador a espécie ameaçada de extinção. O estudo é fundamental para embasar políticas públicas ambientais que garantam à espécie condições de sobrevivência adequada, bem como para a implementação de ações concretas de conservação desses peixes. O convênio, que tem duração de 12 meses, terá aporte de R$ 299.957,19, pago com recursos próprios de Suape.

Os locais a serem estudados são os estuários dos rios Tatuoca, Massangana, Ipojuca, Merepe e na área do Porto Externo de Suape. Além de mergulhos para pesquisa nesses pontos, também ocorrerá o acompanhamento da atividade pesqueira no ambiente estuarino, para observar se existe captura acidental dos animais, uma das principais causas da ameaça de extinção do cavalo-marinho. O contrato também prevê atividade de educação ambiental, a partir de encontros mensais com pescadores de Suape, a fim de sensibilizá-los sobre a importância do animal para o bioma marinho.

“Esta ação é uma das atividades voltadas para os ambientes marinho e estuarino do Porto de Suape que estamos desenvolvendo. Muitas outras estão em curso. Com esse estudo, além de contribuir com a preservação do cavalo-marinho e proteger essa espécie, que está praticamente extinta, estamos viabilizando a continuidade do Instituto Hippocampus, que por pouco não fecha as portas em definitivo, por falta de recursos”, afirma o diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Carlos André Cavalcanti.

Desde julho deste ano, o Instituto passou a funcionar no Centro de Treinamento (Cetreino) de Suape. A coordenadora da entidade, Rosana Beatriz Silveira, explica que, por enquanto, mantém as pesquisas com grupos de reprodutores (plantel) de Maracaípe, cujos filhotes são soltos em Maracaípe. “Em Suape, vamos estudar se há presença da espécie, em que quantidade e se a população está estável ou não. Vamos traçar o perfil do animal e verificar a salinidade e temperatura da água. E coletar os plantéis locais, devolvendo os filhotes para seu habitat. Temos boas perspectivas para esse monitoramento que poderá servir de base para outros locais”, afirma.

Após a realização do estudo e monitoramento das águas, será feito um workshop de sensibilização para a necessidade de políticas públicas voltadas para a preservação da espécie, com apresentação dos resultados do projeto juntamente com estratégias para garantir a conservação do animal. Deverão participar do encontro entidades da administração pública como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado (Semas), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) e prefeituras locais.

Instituto Hippocampus – Desde janeiro de 2016, o Instituto, que atualmente sobrevive por meio de doações e parcerias, está sem patrocínio fixo para manter as suas atividades de preservação do cavalo-marinho. Por isso, precisou sair da sede que mantinha em Porto de Galinhas, há mais de 20 anos, e o Porto de Suape cedeu, pelo período de um ano, um espaço no Centro de Treinamento (Cetreino) para que o instituto mantenha suas atividades de pesquisa e a espécie se reproduza.

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