O que vai mudar no marketing nos próximos 10 anos?

Tudo. Tudo o que sabemos sobre marketing vai mudar. Novas tecnologias, mudanças no comportamento do consumidor, ascensão dos assistentes virtuais inteligentes e a proteção de dados pessoais vão exigir adaptações das empresas para atrair e reter consumidores. Vamos precisar mudar a maneira como pensamos o marketing.

Contudo, isso não é novidade alguma. “Para se defender, as companhias devem aumentar sua capacidade de adaptação em todas as instâncias, especialmente nas áreas de marketing e vendas. São exigidos, no marketing em particular, grandes profissionais que consigam esperar o inesperado e que, em tempos caóticos, possam reinventar os modelos de negócio e as estratégias de marketing, para reagir rápido aos fatos.”, disse o guru do marketing Philip Kotler, em entrevista realizada em meados de 2009 para a Revista HSM Management.

A conversão de clientes não está na visita ao site e sim fora dele.
Nos últimos 10 anos, startups e grandes marcas focaram, exaustivamente, em converter visitantes em clientes, por meio de um site. Houve investimento em marketing para direcionar visitas, medi-las e, até mesmo, prever quais resultados em vendas poderiam ser extraídos. Tudo isso, graças à facilidade de mensuração dos canais digitais. Por outro lado, a experiência do usuário acontece em outras plataformas e é fragmentada em diversos ambientes, tanto online, quanto offline. Com tanta informação pulverizada, menos pessoas têm interesse ou realmente precisam visitar o seu site.
As pessoas que você consegue mensurar por intermédio do site serão minoria no seu mercado em potencial. Então, como faremos para alcançar essas pessoas que estão fora do nosso radar, que são imensuráveis e avessas a anúncios pagos e cliques? Esqueça o funil de vendas, em que a jornada do consumidor é explicitamente orientada à conversão e comece a focar seus esforços em relacionamento. Nada de cliques ou anúncios genéricos em grandes portais. Seu objetivo é engajar, conversar e converter seu público-alvo in loco. A mensagem mudou e não é mais produzida de acordo com convergências de anos atrás.

Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais.
Em vigor no País a partir de agosto de 2020, o maior intuito da LGPD é impedir que o tratamento das informações de clientes e usuários ocorram por parte de empresas públicas e privadas. Apesar de muitos usuários trocarem dados por serviços na internet, essa atitude já vem sendo contestada. A cobertura negativa da mídia sobre práticas de compartilhamento de dados de terceiros e o aumento do risco de exposição, vem aumentando a preocupação do usuário.
Desde 2013, uma pesquisa do CMO Survey pergunta aos profissionais de marketing como eles estão preocupados em uma escala de 1 a 7, com o uso de dados de clientes e outras questões sobre privacidade. O número de “muito preocupados” dobrou desde 2016, enquanto o de “despreocupados” caiu de 25,7% para 15,6%. Entretanto, como vamos alcançar mais clientes fiéis, com a mensagem certeira e sem a necessidade de ferir a privacidade? Esse é o maior desafio da área para os próximos 10 anos. É certo que as empresas precisarão entender melhor os dados do consumidor e a partir disso criar insights que gerem valor e que sejam difíceis de ser copiados pela concorrência.

*Eduardo Martins é empresário, investidor e um dos co-fundadores da In Loco, empresa pernambucana de tecnologia.

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