Candidatos ao Governo mostram seus planos

Em meio às emoções e rivalidades que se formam em cada pleito eleitoral, não é incomum que no momento de campa- nhas os projetos e planos para a gestão fiquem em segundo plano nos debates. Para contribuir com sugestões para o desen- volvimento sustentável do Estado, a Algomais e a Rede Gestão produziram o documento Pernambuco Além da Crise — Proposta para os candidatos ao Governo, elaborado com o apoio de pes- quisadores, representantes de classe e empresários. As edições da Algomais desta semana e da próxima apresen- tam os principais eixos desse trabalho e o que os candidatos ao Palácio do Campo das Princesas pretendem fazer nas áreas da gestão pública; do empreendedorismo; da ciência, tecnologia e inovação; da educação inclusiva e capacitação de mão de obra; da infraestrutura; e da sustentabilidade ambiental. Desses seis temas, considerados estratégicos no documento Pernambuco Além da Crise, trataremos dos três primeiros na edição de hoje. Até o final da apuração, responderam à nossa redação os(as) candidatos(as) Danilo Cabral (PSB), João Arnaldo (PSOL), Marília Arraes (Solidariedade), Miguel Coelho (União Brasil) e Raquel Lyra (PSDB).

A partir da série de e-books, Pernambuco Além da Crise, o corpo técnico responsável pela elaboração do documento enviado aos candidatos definiu uma visão (de longo prazo, para 2037, quando o Recife completará 500 anos) e um desafio para os próximos quatro anos de gestão de Pernambuco. Confira abaixo:

VISÃO
Em 2037, quando do aniversário de 500 anos do Recife, Pernambuco será um Estado mais próspero e com mais qualidade de vida e justiça social, adequando-se às exigências das mudanças climáticas, mas tirando o máximo proveito da maior exposição ao sol no semiárido e do excesso de ventos no litoral na geração de energia limpa e mais barata para o desenvolvimento .

DESAFIO DA PRÓXIMA GESTÃO ESTADUAL (2023-2026)
Preparar as bases para um salto de qualidade capaz de adequar o modelo de desenvolvimento estadual às novas e acentuadas exigências político-econômico-sociais-ambientais, nacionais e internacionais, decorrentes da pós-pandemia, da nova geopolítica mundial e das mudanças climáticas aceleradas.

Como síntese dos e-books, que foram publicados ao longo da pandemia, e dessas declarações de Visão para 2037 e Desafio no horizonte de 2023 a 2026, foram apontados os seis eixos estratégicos, com um diagnóstico e uma proposta, que foram remetidos aos candidatos e que você pode acessar pelo link.

GESTÃO PÚBLICA
Perguntamos aos candidatos o que cada um pretende fazer para qualificar a gestão pública. O documento sugere como propostas para esse tema: reorientar as estruturas do Estado para uma atuação voltada à obtenção de resultados e promoção da inclusão social, com ampla participação da sociedade na vida pública. Também considera importante reforçar mecanismos organizacionais de planejamento e de integração das ações no governo de modo a garantir o alinhamento em torno de uma estratégia de desenvolvimento. Propõe ainda investir na renovação das organizações públicas e na modernização dos seus processos para potencializar seus recursos, experiências e capacidades de gestão.

O deputado federal e candidato do PSB, Danilo Cabral, promete dar um salto de qualidade na gestão e aproximá-la do cidadão, fazendo a transformação digital dos serviços públicos. “Vamos chamar os setores produtivos, ver quais são os gargalos, verificar os fluxos, monitorar e dar velocidade a processos existentes, como expedição de alvarás, licenciamentos e outras medidas. Para isso, vamos criar uma plataforma de serviços. Também vamos incorporar novas tecnologias nos serviços, como a telemedicina. Temos uma experiência muito exitosa na Prefeitura do Recife, com o prefeito João Campos. O Conecta Recife, plataforma que concentra todos os serviços da gestão municipal, entre eles o agendamento da vacinação contra a Covid-19, é um exemplo disso”.

A deputada federal e candidata Marília Arraes, do Solidariedade, ressalta a redução da burocracia e o avanço na transformação digital. “Desburocratização do Estado, com simplificação de processos, agilização de licenças e demais documentos estatais. O Estado terá prazo para concluir as demandas recebidas da população e dos empreendedores. Com o programa Pernambuco na Palma da Mão, vamos reforçar a transformação digital do Estado. Nas áreas de saúde, educação e gestão, faremos a implantação do prontuário médico único e digitalização de licenciamentos e processos administrativos”.

Sobre a qualificação da gestão pública, a ex-prefeita de Caruaru Raquel Lyra, do PSDB, defende uma redução e maior eficiência da 32Ed. 198.2 | Set 22 33Ed. 198.2 | Set 22 máquina pública. “Nosso governo irá racionalizar os gastos, alavancar os investimentos para recuperar a economia e resgatar a qualidade de vida em Pernambuco. Temos o compromisso de qualificar a gestão pública, avançando com mecanismos que incluam a adoção de regras claras de avaliação e acompanhamento contínuo, bem como implantando padrões de excelência de governança corporativa na administração pública e focada em resultados. Vamos trabalhar na prevenção e repressão à corrupção por meio do Programa de Combate à Corrupção, inclusive com a reabertura da Delegacia de Combate à Corrupção e do fortalecimento do Disque Combate à Corrupção”.

O ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, do União Brasil, defende a redução da máquina pública. “A gente precisa de um governo com atitude. Pernambuco sofreu nos últimos anos com falta de liderança, de alguém que deixasse de lado as brigas políticas. Vamos enxugar o governo, acabar com essa coisa de só colocar apadrinhados políticos, promover uma grande auditoria para checar a situação das contas e reformar as unidades de saúde que estão sucateadas. Nos primeiros 100 dias, queremos fazer uma grande reforma administrativa, ajustar as contas e iniciar um programa de investimentos para recuperar estradas, hospitais entre outros equipamentos públicos”.

O candidato João Arnaldo, do PSOL, pontuou as seguintes metas para qualificar a gestão pública: “Gestão territorial e participativa. Criação dos conselhos regionais de desenvolvimento sustentável. Fortalecimento da política de conselhos estaduais e participação social na gestão. Desprivatizar o Estado. Valorização do servidor com capacitação permanente e fim das terceirizações”.

Leia a reportagem completa na edição 198.2 da Revista Algomais: assine.algomais.com

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