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Rafael Dantas

Ciao cresce e abre mais uma loja no Shopping RioMar

A experiência do consumidor tem sido um dos diferenciais utilizados pelas empresas para ganhar mercado. Foi pensando nessa estratégia que os irmãos Simon, Bernardo e Barthô Carrazzone juntamente com o amigo Heliantho Guerra resolveram abrir uma marca de moda masculina, a Ciao, no Shopping Recife.

A grande questão era saber como se destacar em meio a tantas outras lojas de roupas voltadas para o público masculino existentes num shopping center. A solução encontrada pelos jovens empresários foi oferecer serviços diferenciados, apostando na personalização do atendimento.

Foi assim que resolveram resgatar a figura do alfaiate, oferecendo serviços desse profissional para clientes que desejem fazer ajustes nas peças compradas na loja para que fiquem com caimento perfeito. “Sempre gostamos muito de moda, somos de família italiana, temos isso na veia”, conta Simon, que durante as temporadas na Itália costumava admirar o estilo com que os conterrâneos de Versace e Armani se vestiam.

Ele e seus sócios perceberam que muito dessa elegância devia-se à maneira como as roupas se encaixam perfeitamente no corpo dos estilosos italianos. Daí, a importância do ajuste das peças. “O segredo da moda masculina está no caimento. Por isso, oferecemos os serviços de um alfaiate para que o cliente que comprar uma peça na loja possa ajustá-la de forma personalizada”, explica Simon Carrazzone.

Até certo tempo atrás, o homem brasileiro não dava muita importância a esses detalhes da moda. Mas, segundo Simon, esse comportamento está mudando. “A preocupação com o visual está crescendo em todas as faixas etárias. Isso é perceptível na área de cosméticos, na abertura de barbearias e, agora, também no vestuário”, assegura o empresário.

O ajuste que a Ciao oferece é vitalício, ou seja, o cliente pode fazer quantos quiser numa mesma peça. “Ele pode, por exemplo, comprar uma camisa de manga longa, ajustá-la e depois, num segundo momento, se quiser mudar, pode cortar a manga”. A marca também permite ao consumidor a possibilidade de mudar os botões das peças e até de optar se quer ou não bolsos nas camisetas. Caso queira, o consumidor pode escolher entre uma variedade com padronagens diferentes.

Essa personalização inclui ainda a decisão de onde colocar a marca da Ciao nas peças de roupa ou até mesmo de adquirir a roupa sem a marca. “Tudo isso é oferecido sem nenhum acréscimo no preço da compra”, destaca Bernardo.

Enquanto aguarda a conclusão dos ajustes das peças compradas, o consumidor pode desfrutar do lounge da loja, que oferece o descanso num sofá e a possibilidade de tomar uma cervejinha, um licor, ou um café expresso feito na hora. “Queremos que o cliente se sinta acolhido e não tenha vontade de ir embora”, revela Simon. “Tudo isso é investimento em fidelização. Temos cativado clientes fiéis. Entregamos mais do que as demais lojas entregam. Queremos ser o varejo novo, com experiência em consumo na loja”, explica Simon.

A estratégia tem dado certo. Com apenas cinco meses da inauguração da loja, a Ciao conseguiu o retorno dos R$ 350 mil investidos no negócio. “Somente no Natal vendemos R$ 480 mil”, salienta Bernardo. Por mês são comercializadas uma média de mil peças, o que gera um faturamento nas vendas de R$ 150 mil mensais.

Animados com o sucesso no Shopping Recife, os sócios decidiram abrir uma nova unidade neste mês de junho. Desta vez, no RioMar, num espaço de 120 metros quadrados, um investimento de R$ 400 mil. A novidade é que na nova loja a garotada também vai ser contemplada com o lançamento da linha infantil. “Vamos abrir a Ciao Bambino. Esse foi um pedido das mães, que expressavam o desejo de adquirir roupas para seus filhos com um caimento mais ajustado”, justifica Simon.
Todas essas inovações acabaram por despertar o interesse de pessoas que sugeriram a abertura de franquia da marca. Os sócios da Ciao já receberam propostas de várias capitais do Nordeste. Mas eles analisam que ainda não é hora de se lançarem pelo caminho da franchising. “Precisamos maturar mais o nosso negócio”, previne-se Simon.

*Por Cláudia Santos, editora da Algomais

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