Confiança dos empresários do varejo segue em alta

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio em Pernambuco (ICEC-PE)*, analisado pela Fecomércio-PE, ficou estável no mês de novembro. Mesmo com o desempenho pouco favorável ao varejo em termos de volume de vendas no terceiro trimestre, conforme resultados divulgados pela Pesquisa Mensal de Comércio (IBGE), os empresários pernambucanos continuam reforçando a confiança para o ambiente de negócios nos próximos meses.

Embora a receita nominal, comparando com o mesmo período do ano anterior, apresente resultados surpreendentes desde o 2° trimestre de 2020, os efeitos da alta de preços afetando tanto o orçamento familiar quanto os custos das empresas vêm minando o desempenho das vendas varejo.

No segundo trimestre deste ano, por exemplo, a receita nominal de vendas no varejo registrou crescimento de 37,1% em relação ao mesmo trimestre de 2020. Descontando o efeito inflacionário, o que o IBGE considera resultado do volume de vendas, a variação ficou em 24%.

No terceiro trimestre, o ímpeto de consumo foi arrefecido, com variação de apenas +8,4% na receita nominal em relação ao mesmo período de 2020. Em termos de volume vendas, o desempenho foi de -4,7% (-2,3%, -7,8% e -3,8%, em julho, agosto e setembro, respectivamente), confirmando que o aumento dos preços vem impactando fortemente o resultado real da atividade varejista.

Não obstante o fraco desempenho dos últimos meses, os varejistas continuam esperançosos para o movimento na passagem de ano, aguardando que o ímpeto de consumo melhore em função das ofertas de Black Friday e das comemorações de Natal e Réveillon. Sobre esse aspecto, a pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias, também realizada pela CNC, já havia registrado aumento nas perspectivas de consumo nos meses de setembro e outubro, deixando expectativa para a avaliação das famílias nesse mês de novembro, ainda a ser divulgada.

Nesse contexto, o ICEC cresceu 0,6% entre outubro e novembro, uma variação que indica estabilidade na confiança dos empresários, além de manter o indicador no patamar de 115 pontos, ainda expressando otimismo para os próximos meses. O resultado de novembro refletiu o avanço no subíndice que avalia as intenções de investimento (IIEC), que cresceu 4,5%, enquanto o subíndice da situação atual (IAEC) recuou 1,7%, refletindo o ritmo constantes de elevação dos custos para a atividade empresarial.

No que diz respeito às intenções de curto prazo, destacou-se o percentual de empresários que revelam intenção de aumentar o quadro de funcionários nos próximos 3 meses, passando de 75,7% em novembro para 83,1% em outubro.

Já a perspectiva de elevar o atual volume de investimento subiu de 51,3% para 53,6% dos empresários, intenção que compartilhada por apenas 34,6% dos empresários em novembro de 2020. Em relação ao estoque de produtos, 88,0% apontam que pretendem aumentar o volume nos próximos meses, patamar semelhante ao registrado em outubro (88,4%).

Portanto, verifica-se que o nível de confiança, que se manteve em novembro, vem se convertendo em perspectivas de aumento da contratação de funcionários, possivelmente visando o atendimento das demandas de fim de ano e ano novo.

*O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), calculado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), capta a percepção do empresário do varejo quanto ao ambiente de negócios, considerando a sua perspectiva sobre a economia brasileira, o setor de comércio e a situação da sua empresa. O ICEC é composto por três subíndices que avaliam, respectivamente, as condições atuais (ICAEC), às intenções de investimento (IIEC) e as expectativas de curto prazo (IEEC).

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