Crítica: Quarto de Guerra

Militares debruçados sobre um mapa, avaliando qual a melhor estratégia para avançar sobre as forças inimigas. É assim que começa Quarto de Guerra (2015), nova produção dos irmãos Alex e Stephen Kendrick, responsáveis por sucessos como Desafiando Gigantes, À Prova de Fogo e Corajosos. Mais uma vez a família é o centro da história.


Na trama, Tony (T. C. Satllings) e Elizabeth (Priscilla Shirer) formam um casal que passa por um momento de crise. Tony trabalha como representante de produtos farmacêuticos e investe a maior parte do tempo nas atividades da empresa, deixando a família em segundo plano. Elizabeth é corretora de imóveis e, durante uma visita de trabalho, conhece Clara (Karen Abercrombie), uma doce senhora que lhe ensinará a fazer da oração uma potente arma na luta contra as forças que tentam destruir seu casamento.
A primeira cena com os militares serve de figura para a batalha espiritual que será travada por Elizabeth, através da oração. Orientada por Clara, aprenderá que insistir nas discussões com o marido não é o melhor caminho e que ele não é seu verdadeiro inimigo.
O filme tem personagens interessantes e complexos. Clara é um deles: uma mulher otimista, firme em suas convicções, que oculta um passado de traumas provocados pela morte do marido. Tony é outro personagem que chama a atenção, considerando a transformação que sofre na história.
O roteiro, apesar de bem escrito, perde um pouco da força ao apresentar, em alguns momentos, diálogos sem naturalidade, que parecem mais com mensagens tiradas de algum livro de inspiração cristã.
A direção do longa é de Alex Kendrick, que também assina o roteiro. Seu currículo é extenso: pastor, escritor, ator, diretor e produtor. Em Quarto de Guerra Kendrick mostra que evoluiu bastante desde A Virada (2003), seu primeiro trabalho. Em parceria com o irmão Stephen, vem acumulando grandes bilheterias com filmes de baixo orçamento. Só nos Estados Unidos mais de 12 milhões de pessoas já assistiram a suas produções.
A boa recepção na estreia aponta Quarto de Guerra como mais um grande sucesso dos irmãos. No Brasil, após chegar a 46 salas de cinema, alcançou o 2º lugar na média de público por salas, na semana de estreia, perdendo apenas para o filme Jogos Vorazes: A Esperança Parte 2.
O maior êxito de Quarto de Guerra não está nas altas cifras conquistadas, mas na bela mensagem que traz para as famílias, uma mensagem de fé e vitória através da oração.

(Wanderley Andrade)

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