Dia Mundial da Saúde: atividade física é grande aliada na prevenção e no tratamento de doenças

Especialista alerta para os riscos de uma vida sedentária e dá dicas para alcançar mais saúde e qualidade de vida

De acordo com dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 300 mil pessoas morrem todos os anos no Brasil em decorrência de problemas relacionados à inatividade física. Este número já faz do sedentarismo um dos maiores fatores de risco de morte no país. No Dia Mundial da Saúde, celebrado nesta quinta-feira (7), ouvimos um especialista para conscientizar as pessoas sobre os riscos da falta de atividade física e ressaltar os benefícios que a prática de exercícios traz, além de incentivar as pessoas a serem mais ativas.

O educador físico Roberto Soares, que atua na Academia Cia Athletica Recife, destaca que a atividade física regular é fundamental para prevenir e controlar doenças cardiovasculares, como infarto, AVC e pressão alta, diabetes tipo 2 e diferentes tipos de câncer, além de contribuir para amenizar sintomas de depressão e ansiedade, reduzir o declínio cognitivo e melhorar a memória. “Existem estudos que apontam que a prática também ajuda a inibir quadros comuns no envelhecimento, como a osteoporose e a sarcopenia. Um dos motivos para tantos efeitos positivos é o poder de combater o sobrepeso, que está relacionado ao surgimento de diferentes
comorbidades”, afirma Roberto.

Para o câncer, por exemplo, o Instituto Nacional do Câncer explica que a obesidade provoca alterações hormonais e mantém o corpo em um estado inflamatório crônico, estimulando a proliferação celular. “Modalidades diversas, como corrida, musculação, dança, pilates e outras, promovem a melhora da circulação sanguínea, o equilíbrio dos níveis de hormônios, reduzem o tempo de trânsito gastrointestinal, fortalecem o coração, os músculos, os ossos e o sistema imunológico”, detalha o educador.

No que diz respeito ao combate às complicações mais graves causadas pela covid-19, o profissional conta que o exercício pode, inclusive, evitar o desenvolvimento da Síndrome Respiratória Aguda Grave, caracterizada pela falta de ar, respiração rápida, tosse e fraqueza muscular. “A prática de exercícios físicos eleva a produção da enzima superóxido-dismutase, produzida pelos músculos e associada à proteção do sistema cardiorrespiratório”, diz ele.

DURAÇÃO – É muito comum as pessoas sempre perguntarem o quanto é preciso se exercitar para colher benefícios. O educador físico conta que 300 minutos é o tempo de exercício moderado por semana que a OMS recomenda para garantir saúde. “Aqui, não conta só o treino. Movimentos do dia a dia, como subir escadas e caminhar para ir até a padaria, também contribuem para você atingir essa meta”, declara Roberto Soares. “Também é recomendável 150 minutos por semana de atividade física intensa, como corrida, bike, treino funcional, musculação, quando não tiver contraindicação”.

TRATAMENTO – A atividade física também pode servir como tratamento. “Ao realizar modalidades que envolvem ganho de massa magra, como musculação, funcional, crossfit e pilates, é possível controlar, por exemplo, o diabetes tipo 2, já que os músculos causam maior sensibilização das células à insulina. Atividades aeróbicas como corrida, bike e natação também ajudam no quadro por reduzirem o nível de açúcar no sangue”, explica o profissional. Já quem tem pressão alta, Roberto declara que a pessoa se beneficia porque a prática regular de exercício físico garante circulação mais eficiente do sangue. “O exercício pode ajudar quem tem hipertensão e/ou diabetes a reduzir a dose de remédios ou, para alguns, até dispensar as drogas”.

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