Diaconia: Grupo de mulheres se capacita no beneficiamento de frutas nativas

O Grupo de Mulheres do sítio Cachoeira Grande, em Tabira, no Sertão do Pajeú (PE), vem desenvolvendo um trabalho de beneficiamento de polpa de frutas em parceria com Diaconia desde 2013, a partir do projeto Semiá. Além de entregarem a produção nos programas de Aquisição de Alimentos (PAA) e de Alimentação Escolar (PNAE), as mulheres comercializam porta a porta e também recebem estudantes em suas propriedades, para conhecer o trabalho.

No dia 05 de maio de 2016, o grupo de mulheres recebeu duas capacitações voltadas para melhores formas de trabalhar o beneficiamento do umbu nativo. Alguns jovens do município de Iguaracy também estiveram presentes.

A primeira foi sobre a produção de polpa cozida do umbu. Com o processo de cozimento em altas temperaturas, não é necessária a utilização da despolpadeira. É possível armazenar em tambores de plástico, dispensando o uso do freezer, podendo ficar armazenada por até doze meses. Esta polpa pode ser utilizada para a produção de doces, geleias, sorvetes, sucos, umbuzadas e mousses, diminuindo os custos de produção. Esta capacitação foi facilitada pela agricultora Vilza, da Comunidade de Monte Alegre – município de Afogados da Ingazeira, que tem uma experiência há muito tempo em relação à produção de polpa do umbu cozida. Ela faz parte do grupo de mulheres Xique-Xique, que trabalham com polpas de frutas e outros produtos como doces, geleias, entre outros.

A segunda capacitação foi sobre a produção de vinho com polpa de frutas, ministrada pelo agricultor Luiz de Joel, do município de Carnaíba. O processo é muito parecido com o realizado para produção do vinho de uvas, por exemplo, sendo adaptado para facilitar a produção na agricultura familiar. Primeiro lava-se as frutas com água quente, em seguida retira a polpa, acrescenta-se um pouco de água, mel e fermento biológico. Após misturar bem, a calda já pode ser colocada em garrafas PET. Estas garrafas terão uma saída na tampa para saída dos gases produzidos durante o processo de fermentação. Após aproximadamente quarenta dias, o vinho estará produzido.

As participantes ressaltaram da importância de aprender novos produtos a partir do umbu, evitando o desperdício desta fruta e reduzindo os custos de energia. Também destacaram a variação de produtos, tendo assim mais possibilidades de comercialização e geração de renda. Estes momentos de capacitação têm o objetivo de ampliar as opções da utilização da polpa de frutas, agregando valor e ampliando mercado.
* Jaqueline Lira é técnica do programa ATER Agroecologia (parceria Diaconia e Centro Sabiá) no Sertão do Pajeú.

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