Dois terços das pessoas viverão em cidades

De acordo com a pesquisa Allianz Risk Pulse, intitulada de “O estado da megacidade: as maiores cidades do mundo estão moldando o nosso futuro”, hoje há no planeta 29 megalópoles, que juntas somam mais de 470 milhões de habitantes. Daqui a 15 anos, em 2030, dois terços da população mundial já terão
migrado para as áreas urbanas e o número de megacidades, locais com 10 milhões de moradores ou mais, subido para 41 – dez das 12 que surgirão serão na Ásia ou na África. O relatório ainda aponta que na China pode haver as gigacidades, aquelas que terão mais de 50 milhões de habitantes, porque o governo está planejando conectar vários municípios em cinco aglomerações em meados de 2020.

“As tendências de amanhã estão nascendo nessas cidades e teremos de encontrar respostas para os enormes desafios que elas representam”, afirma Axel Theis, membro do Conselho de Administração da Allianz SE. “As condições de vida nas metrópoles mudarão, assim como as necessidades de seus habitantes. Então, nós, como seguradora, teremos que encontrar novas soluções relacionadas, por exemplo, à gestão de riscos em caso de catástrofes naturais e aos projetos de infraestrutura”, completa Theis. Muitas das megacidades estão localizadas em áreas costeiras de baixa altitude e, portanto, estão
especialmente vulneráveis aos efeitos extremos do clima. Outra questão: a expectativa de vida está aumentando em várias regiões do mundo – em 2030, 15% da população mundial terá mais de 60 anos. Isso, além de demandar mais produtos voltados a idosos, faz com que a necessidade por espaço também aumente substancialmente.

Então, a pergunta que fica é “como vamos encontrar o equilíbrio entre o crescimento, a qualidade de vida e a proteção ao clima?” Segundo o relatório não há um formato único que aponte como as cidades
funcionarão, mas é possível elencar soluções inteligentes ligadas, principalmente, aos desafios demográficos e de mobilidade para que os lugares sejam eficientes e agradáveis de viver. Elas estão
contempladas no que o estudo chama de “visão da cidade inteligente”, desenvolvida por acadêmicos, políticos e representantes de empresas.

Segundo o estudo, o sistema nervoso das cidades do futuro estará baseado na Internet: eletricidade, transporte e sistemas de abastecimento e escoamento estarão eletronicamente vinculados.

Em 1950, apenas Nova York e Tóquio tinham mais 10 milhões de habitantes. Já em 2020, a área metropolitana de Xangai pode contar com uma população de 170 milhões de pessoas, mais que o dobro da Alemanha. A perspectiva de postos de trabalho e melhor infraestrutura atraem jovens para as áreas urbanas. Essa migração está levando talentos, oportunidades e investimentos a ficarem concentrados nas cidades. Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), é apenas uma questão de tempo para que algumas metrópoles tenham mais poder econômico do que países inteiros.

DISTÂNCIAS CURTAS: O SEGREDO DO JOGO

Muitos pesquisadores veem a cidade do futuro compacta, caracterizada por curtas distâncias. “A cidade ideal será composta por centros autônomos”, diz Thomas Liesch da Allianz Climate Solutions. “As pessoas vão viver e trabalhar em seus respectivos distritos, poupando, assim, tempo e energia. Esse tipo de desenvolvimento irá melhorar o clima e  deixar mais espaço para atividades de lazer e produção de alimentos”,complementa Liesch.

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