É possível proteger os investimentos em um mercado volátil?

Conheça os riscos que assolam o mercado e as estratégias que podem ser adotadas para a proteção do patrimônio financeiro

Mesmo com todo o cuidado e a orientação necessária para escolher a melhor carteira de ações, o investidor sempre estará sujeito aos riscos. De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o ato de investir já implica riscos. 

No entanto, é possível adotar estratégias que ofereçam maior proteção ao patrimônio financeiro.

Na definição dos estudos de Economia, a volatilidade é uma variável que mostra a intensidade e a frequência na variação dos valores de um ativo. Quanto mais volátil for um produto financeiro, maior poderá ser a sua valorização ou perda, o que significa que também há maior risco para o investidor.

A renda variável reúne ativos com maior volatilidade e, por isso, tem a capacidade de ser mais rentável e, também, mais arriscada em comparação com a renda fixa. Na primeira categoria estão ações, criptomoedas, câmbio, fundos, dentre outros.

Já na segunda estão os investimentos em que é possível definir previamente o retorno financeiro que o investidor terá. É o caso dos títulos públicos, Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), dentre outros.

Quais são os riscos?

De acordo com as informações do mercado financeiro, há dois tipos diferentes de riscos: os sistêmicos e os não sistêmicos. O primeiro grupo reúne ameaças generalizadas, capazes de afetar a economia e o comportamento dos ativos como um todo, seja de forma direta ou indireta. Um exemplo vivido recentemente foi a pandemia da Covid-19.

Os riscos não sistêmicos são fatores que impactam um determinado segmento. Um exemplo é a gestão de uma empresa, que interfere diretamente no desempenho das ações. Sazonalidade, legislação, comportamento do consumidor também integram a modalidade.

Enquanto os riscos não sistêmicos interferem na volatilidade dos ativos, os riscos sistêmicos impactam todo o mercado financeiro.

Estratégias de proteção do patrimônio

Diversificar a carteira de investimentos é a principal estratégia aconselhada pela Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) para proteger o patrimônio financeiro de possíveis perdas.

A diversificação consiste em distribuir os recursos entre diferentes tipos de investimentos, tanto na renda fixa, quanto na renda variável. Para isso, a Anbima orienta o investidor a conhecer o seu próprio perfil.

Investidores arrojados estão mais dispostos a correr riscos em busca de uma maior rentabilidade. Assim, podem distribuir a maior parte dos recursos na renda variável e reservar uma quantia para produtos de renda fixa.

Os investidores conservadores têm como principal característica a priorização da segurança em relação ao retorno financeiro. Por isso, devem adotar uma estratégia oposta à dos arrojados, distribuindo a maior parte dos recursos na renda fixa. Já os moderados podem fazer uma divisão meio a meio entre as categorias.

A Anbima alerta que também é preciso escolher mais de um investimento em cada categoria. Assim, o investidor dilui a possibilidade de perda financeira por conta de riscos não sistêmicos.

Preparação para as oscilações

Compreender que investir é arriscar também é outro conselho da Anbima. O investidor deve estar preparado para as oscilações do mercado financeiro. O preparo inclui aspectos financeiros e psicológicos.

No aspecto financeiro, os especialistas em finanças afirmam que o investidor deve ter sempre dinheiro em caixa. Quando o mercado está em baixa, surgem oportunidades de adquirir ativos com preços mais baratos.

Já o aspecto psicológico contribui para que nenhuma decisão seja tomada por impulso ou desespero. A recomendação é que as compras e as vendas de ativos sejam feitas após análises e elaboração de estratégias.

Mercado de opções

A diversificação é apontada como a principal estratégia para diluir os riscos não sistêmicos, que impactam um determinado segmento. Quando a volatilidade do mercado é generalizada, o mercado de opções pode ser uma alternativa mais segura para a proteção do patrimônio.

O professor de finanças e consultor Luiz Mauricio da Silva explica que o mercado de opções confere ao investidor o direito de comprar ou vender um ativo no futuro por um preço determinado. Por conta dessa possibilidade, trata-se de uma alternativa para proteger o patrimônio financeiro das instabilidades do mercado.

De acordo com o especialista, o mercado de opções não é restrito aos investidores qualificados. Embora seja mais comum a negociação de opções de ações, há a oferta de diversos ativos. Estudar sobre este mercado é uma estratégia aconselhada ao investidor.

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