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Decisão do STF sobre o IOF aprofunda desafios fiscais e expõe divergências

Por Edgard Leonardo Lima A recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) tornou-se um símbolo das tensões institucionais e dos dilemas fiscais brasileiros. Ao validar quase todas as elevações de alíquotas propostas pelo governo federal, o ministro Alexandre de Moraes manteve o núcleo da estratégia de reforço de caixa do Executivo, explicitando, ao mesmo tempo, o elevado grau de tensão entre os Poderes e os riscos para a condução da política econômica. Em decisão de 16 de julho de 2025, Moraes restabeleceu quase integralmente o decreto presidencial que ampliava e aumentava as alíquotas do IOF, revertendo a suspensão determinada pelo Congresso Nacional. Apenas manteve suspensa a incidência do imposto sobre as chamadas “operações de risco sacado”, modalidade vinculada ao adiantamento de recebíveis para pequenas empresas, por considerar que a mudança exigiria respaldo legal específico. O alcance da decisão é amplo: inclui operações de crédito, câmbio, seguros, abrangendo aplicações como VGBL. A expectativa oficial é de uma arrecadação adicional de aproximadamente R$ 11,5 bilhões com a manutenção da medida, certamente importante para o Governo Federal, no momento atual. Esse episódio evidenciou, todavia, as fragilidades da articulação entre Executivo e Legislativo, revelando conflitos que ultrapassam o campo jurídico e atingem diretamente a política econômica. Enquanto o Congresso optou por sustar o decreto presidencial que aumentava o imposto, o STF deliberou no sentido oposto, restaurando a maior parte das medidas propostas pelo Executivo. Isso reflete a disputa por protagonismo entre os Poderes, típica de cenários marcados pela ausência de consenso político e instabilidade institucional. A judicialização da política econômica reforça esse contexto. Temas centrais para a gestão fiscal e tributária, que em tese deveriam ser objeto de debate político, acabam decididos pelo Judiciário. Dessa forma, o Supremo consolida sua função de árbitro em decisões de grande impacto macroeconômico, ampliando a incerteza e a insegurança jurídica para agentes econômicos e investidores. Do ponto de vista fiscal, a medida proporciona efeitos imediatos ao garantir um reforço temporário de caixa ao governo. Contudo, não enfrenta questões estruturais das contas públicas. A elevação do IOF tende a desestimular a poupança, encarece o crédito e desincentiva o investimento produtivo, contribuindo pouco para a solução dos desequilíbrios fiscais profundos. Os efeitos práticos recaem de modo mais severo sobre empresas de menor porte, que dependem do crédito para operar e crescer, e sobre famílias de baixa e média renda, já que o imposto incide sobre um vasto leque de operações financeiras, como financiamentos e empréstimos. Para esses grupos, o encarecimento do crédito pressiona orçamentos, pode postergar investimentos e restringir o consumo, com potencial de impacto inflacionário em cadeia. O IOF, por sua natureza regressiva, incide uniformemente sobre diferentes operações, sem distinção por faixa de renda ou patrimônio. Por isso, pesa proporcionalmente mais sobre aqueles que dependem do crédito para financiar necessidades básicas. Ainda que parte da arrecadação provenha de grandes operações, a incidência recai sobre toda a população economicamente ativa, afetando especialmente os segmentos de menor renda disponível. A decisão do STF ocorre num contexto em que o próprio governo federal admite uma projeção de déficit primário de R$ 78,1 bilhões para 2025, podendo chegar a R$ 128 bilhões em 2026, segundo o Instituto Fiscal Independente (IFI). O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026, divulgado em abril de 2025, alerta que, a partir de 2027, a situação fiscal se agrava de forma inédita, prevendo um “apagão” de recursos para despesas discricionárias como: investimentos, custeio administrativo e políticas públicas não obrigatórias. Ao optar por validar quase todo o aumento do IOF, o STF endossa uma solução de curto prazo para a crise fiscal, sem, no entanto, superar as divergências políticas e institucionais em torno dos rumos da política econômica. A recorrência desses impasses e o uso frequente de instrumentos arrecadatórios como resposta emergencial ao desequilíbrio das contas públicas ressaltam os limites do atual modelo de governança fiscal, indicando que ajustes mais profundos continuam sendo necessários. *Edgard Leonardo Lima é economista

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Bootcamp Santander Code Girls abre 5 mil bolsas para formação de mulheres em tecnologia

Iniciativa oferece capacitação gratuita em computação em nuvem com tecnologia AWS; as 250 melhores participantes receberão certificação internacional e poderão disputar vagas na F1RST Com o objetivo de promover mais diversidade e inclusão no setor de tecnologia, o Santander, a empresa F1RST e a Amazon Web Services (AWS) lançam a 3ª edição do Bootcamp Santander Code Girls. O programa oferece 5 mil bolsas de estudo gratuitas voltadas exclusivamente para mulheres interessadas em aprender sobre computação em nuvem e DevOps. As inscrições estão abertas até o dia 3 de agosto pelo Santander Open Academy, sem exigência de conhecimento prévio ou vínculo com o banco. A trilha de aprendizagem, disponibilizada pela DIO (Digital Innovation One), aborda desde os conceitos básicos da AWS até práticas avançadas com ferramentas como Lambda, Kubernetes e automação de processos. Ao final do curso, as 250 alunas com melhor desempenho ganharão vouchers para realizar a prova de certificação oficial da AWS Cloud Practitioner e poderão participar de um processo seletivo para atuar como Analistas de Tecnologia na F1RST, em São Paulo. “Na F1RST, sempre incentivamos os colaboradores a acelerarem a carreira profissional, oferecendo treinamentos, certificações e capacitação de alto nível. Iniciativas como o Code Girls promovem a diversidade e impulsionam a participação de mulheres nas áreas de tecnologia e inovação, além de transformar as alunas em especialistas de programação”, afirma Richard Flavio da Silva, CEO da F1RST. A empresa já contratou mais de 40 analistas por meio do programa. Criado em 2021, o Code Girls já impactou mais de 14 mil mulheres em todo o país. A nova edição reforça o compromisso das instituições parceiras com a redução das desigualdades de gênero no setor. “O projeto atua como porta de entrada para transformar esse cenário, promovendo inclusão, diversidade e oportunidades para um setor que demanda profissionais preparados e inovadoras”, destaca Márcio Giannico, do Santander. Fabio Filho, da AWS, completa: “O Santander Code Girls é uma iniciativa transformadora que abre portas para mulheres na computação em nuvem e contribui para um setor de tecnologia mais inclusivo”. Serviço:Inscrições até 3 de agosto de 2025Link: https://c.dio.me/code-girls-2025Gratuito e aberto para todas as mulheres.

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Governo regulamenta BR do Mar e aposta na cabotagem para reduzir custos logísticos

Decreto assinado por Lula fortalece indústria naval, incentiva transporte marítimo entre portos e estimula uso de embarcações sustentáveis O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto que regulamenta o programa BR do Mar, voltado à ampliação da cabotagem no Brasil. A medida visa estimular o transporte marítimo de cargas entre portos nacionais, com expectativa de redução de até 60% nos custos logísticos, geração de empregos e fortalecimento da indústria naval. Hoje, a cabotagem representa 11% do volume transportado por navios no país, mas o governo aposta em seu crescimento nos próximos anos. A regulamentação, elaborada pelo Ministério de Portos e Aeroportos, define critérios que facilitam o afretamento de embarcações estrangeiras — com incentivos maiores para navios sustentáveis — e promove o uso de estaleiros brasileiros para manutenção de frotas. A estratégia busca reduzir o frete em até 15%, segundo estimativas da Infra SA, o que pode representar uma economia anual de R$ 19 bilhões. Além disso, a navegação marítima reduz em 80% a emissão de gases de efeito estufa quando comparada ao transporte rodoviário. Para o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, o programa traz impactos positivos para a economia nacional. “O programa tem o papel de reduzir os custos logísticos no país de 20% a 60%, potencializando, ainda mais, o setor portuário brasileiro”, afirmou. Ele ressaltou que o BR do Mar contribui para a agenda de descarbonização ao favorecer o transporte marítimo de contêineres entre portos como Suape (PE) e Santos (SP). A medida também foi celebrada por lideranças do setor produtivo e sindical. “Essa regulamentação irá fortalecer e tornar o programa BR do Mar mais equilibrado e mais justo para os trabalhadores e representa um passo muito importante”, avaliou Carlos Augusto Muller, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte Aquaviário. Já Ariovaldo Rocha, presidente do Sinaval, destacou que os incentivos “assegurarão a competitividade da indústria naval brasileira” frente ao mercado internacional.

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Últimos dias para se inscrever nos programas ALI Produtividade e ALI Rural do Sebrae-PE

Iniciativas oferecem consultorias gratuitas para impulsionar negócios urbanos e rurais com foco em inovação e gestão Empreendedores de micro e pequenas empresas ainda podem se inscrever até esta sexta-feira (18) nos programas ALI Produtividade e ALI Rural, promovidos pelo Sebrae em Pernambuco. As iniciativas integram o Programa Brasil Mais Produtivo, do Governo Federal, e têm como foco aumentar a competitividade dos pequenos negócios por meio da inovação e da melhoria da gestão. Estão disponíveis 700 vagas para empresas urbanas e 100 para empreendimentos do setor rural. O ALI Produtividade oferece consultoria gratuita por até seis meses, com diagnóstico personalizado e acompanhamento de especialistas para identificar gargalos e implementar soluções inovadoras. Empresas formalizadas como Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP) podem participar. Já o ALI Rural é voltado a produtores rurais, pequenas agroindústrias e negócios do agronegócio, com suporte especializado por até um ano em áreas como controle gerencial, vendas, marketing e processos produtivos. Casos de sucesso mostram o impacto dos programas. A esteticista Lane Costa, de Jaboatão dos Guararapes, dobrou seu faturamento após quatro meses no ALI Produtividade. “Depois do acompanhamento com a Agente Local de Inovação, percebi, de fato, que eu era empresa e não pessoa física... Meu faturamento dobrou com a adoção de mudanças básicas, apesar de não serem simples. O básico bem feito dá retorno, e estou vendo isto acontecer”, relata. Já a empreendedora Maristella Lúcio reestruturou sua loja colaborativa com apoio do programa. “A partir disso, fizemos o rebranding da marca e nasceu o novo nome: Ela Vende... Estamos na loja, nas ruas e na rede conectando mulheres, fortalecendo negócios e espalhando empreendedorismo feminino por onde passamos”, afirma. Serviço🗓 Inscrições até: 18 de julho de 2025🌐 Inscreva-se: sebrae.com.br/pernambuco📌 Vagas: 700 para ALI Produtividade e 100 para ALI Rural💼 Público-alvo: MEs, EPPs, produtores rurais e agroindústrias de Pernambuco

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A Economia do Artesanato: artesãos transformam inspiração em negócios sustentáveis

Impulsionados pela Fenearte e, em muitos casos, com apoio de entidades e políticas públicas, os pequenos empreendedores do setor consegue gerar e promover o desenvolvimento de suas comunidades *Por Rafael Dantas O barro se transforma em cerâmica, os fios de lã viram tapetes e a madeira ganha formas nas mãos dos artesãos. Essas e tantas outras tipologias, como a pedra e até mesmo a sucata, representam a união de inspiração, talento e saberes que há tempos moldam a identidade cultural de Pernambuco. Esse legado, somado ao empreendedorismo e à profissionalização, também impulsiona negócios e desenvolvimento. A combinação tem levado pequenos artesãos, associações e pequenas empresas a ultrapassarem fronteiras, exportando suas criações da Região Metropolitana e do interior para o Brasil e o mundo. A Fenearte, que reúne centenas de artesãos pernambucanos, dos mais diversos municípios, é a principal passarela de todo esse trabalho que coloca lado a lado mestres consagrados e novas gerações de artistas e empreendedores. Apesar da importância da feira, que movimentou R$ 108 milhões no ano passado, a vitalidade desse segmento vai muito além dos 12 dias do evento. Gera emprego, renda e muita cultura ao longo dos 12 meses do ano.  “As pessoas cada vez mais veem o artesanato como trabalho e fonte de renda principal, não secundária. As pessoas valorizam, reconhecem o valor agregado dessa atividade. Além disso, o artesanato pernambucano está bem-posicionado no Brasil e no exterior, o que atesta a nossa biodiversidade, cultura e identidade”, afirmou Camila Bandeira, diretora de Promoção da Economia Criativa da Adepe (Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco). "As pessoas cada vez mais veem o artesanato como trabalho e fonte de renda principal, não secundária, e reconhecem o valor agregado dessa atividade. O artesanato pernambucano está bemposicionado no Brasil e no exterior, o que atesta a nossa biodiversidade, cultura e identidade." Camila Bandeira Pernambuco tem 16.339 artesãos ativos pelo Sicab (Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro), deste mês. Como a atividade é muito informal e em muitas comunidades uma pessoa é cadastrada para fazer a comercialização de um produto construído coletivamente, o número de profissionais que vive da atividade é muito maior.  A  pesquisa Diagnóstico do Artesanato Brasileiro e Planejamento Estratégico, coordenada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2021, apontou que 18% do total de pessoas ocupadas no País em atividades artístico-culturais, são do artesanato. Entre 2012 e 2021, houve um crescimento de 26% do número de profissionais no setor.  Marcos de Sertânia tornou sua arte conhecida e a cidade se firmou como celeiro de talentos. Trabalham com o mestre de 15 e 20 pessoas e outros seis coletivos surgiram na região. Ele montou um local para ateliê e exposição, que vai ganhar um café, e espera torná-lo um ponto turístico. Um dos nomes que simboliza bem a transformação do fazer manual em atividade econômica é Marcos de Sertânia. A mais de 300 quilômetros do Recife, o município sertanejo se firmou como um celeiro de talentos. Só no ateliê do mestre, entre 15 e 20 pessoas estão envolvidas na produção. Marcos destaca ainda que outros seis coletivos surgiram na região, consolidando o nome da cidade no cenário da cultura popular pernambucana. “A gente fortaleceu isso no interior. Pegamos dinheiro de fora para injetar na economia da nossa cidade. O maior empreendedorismo para a gente foi esse”, celebra o mestre. Marcos, inclusive, construiu um novo espaço para ateliê e exposição, que ainda vai ganhar um café. A expectativa é que se consolide como um atrativo turístico de Sertânia. Há 38 anos na atividade, Marcos construiu seu talento com o aprendizado vindo de feira em feira. Suas esculturas de animais de membros longos conquistaram espaço em galerias, coleções particulares e eventos culturais. O cachorro – peça mais vendida do ateliê – lembra, por coincidência, a personagem Baleia, da obra Vidas Secas, de Graciliano Ramos. Curiosamente, Marcos só conheceu a história depois de já representar, por instinto e inspiração no Sertão, a figura que se tornaria a marca do seu trabalho. COMUNIDADES DO ARTESANATO Por trás dos mestres, não é incomum existirem verdadeiras comunidades de artesãos. Inclusive, diferentes gerações vivendo do artesanato. Esse é o caso do Sítio Rodrigues, que fica em Belo Jardim. “Lá é um berço de artistas. É uma comunidade com mais ou menos 200 habitantes, mas tem três mestras: Cida Lima, Neguinha e Nanai e a minha mãe, que infelizmente faleceu. Fora elas, tem uma grande parte da população que também trabalha com barro”, conta Carol, que veio para a Fenearte ao lado da irmã Pepinha, trazer o DNA de Luiza do Tatus, que morreu em 2023.  Carol brinca com o barro desde criança. Na adolescência passou a fazer suas próprias peças em forma de onças. Com a despedida da matriarca, ela reproduz as peças de Luiza dos Tatus, mas também tem obras de sua inspiração à venda. A irmã é mais recente na atividade, tendo a experiência de contribuir no acabamento das peças, e fez a sua primeira participação na Fenearte neste ano.  O Sítio Rodrigues, em Belo Jardim, é um berço de artistas. Entre as mestras mais conhecidas está Luiza dos Tatus, falecida em 2023, mas cujo talento foi passado para suas filhas Carol (esquerda), e Pepinha (direita), ao centro o pai delas, João José de Cazuza. Com foco na produção do ateliê, sobra pouco tempo para se capacitar como empreendedora. Mas Carol afirma que algumas formações foram oferecidas no município. Apesar dos obstáculos, como a baixa remuneração e a dificuldade para escoar a produção, a família resistiu. Com a Fenearte um novo horizonte começou a se desenhar. “A partir da Fenearte passou a abrir as janelas para nosso trabalho. As pessoas começaram a valorizar mais e as peças passaram a ter um valor diferenciado”. Entre fios e inspirações, uma cidade pernambucana que gira em torno da tapeçaria é Lagoa do Carro. Quem passeia pelas inúmeras ruas da Fenearte vai encontrar sete estantes com as mestras. Isabel Gonçalves, há 44 anos na atividade

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Valexport alerta para risco de colapso nas exportações de frutas com nova tarifa dos EUA

Entidade teme desemprego em massa e perdas bilionárias no Vale do São Francisco caso medida não seja revista A menos de três semanas do início da safra de mangas e uvas no Vale do São Francisco, a Valexport – Associação dos Produtores e Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados da região – emitiu uma carta aberta às autoridades brasileiras e norte-americanas alertando para os impactos devastadores da nova tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos às exportações brasileiras de frutas. A medida ameaça inviabilizar a principal rota internacional da fruticultura nacional, especialmente no período de maior escoamento da produção. “É imperativo encontrar uma solução que permita a manutenção do fluxo de exportações, a preservação dos empregos, e o respeito ao esforço de milhares de famílias e empresas comprometidas com a produção sustentável de alimentos”, afirmou José Gualberto de Almeida, presidente da Valexport. Segundo a entidade, o setor movimenta anualmente cerca de US$ 500 milhões em exportações, com destaque para a manga, principal item da pauta da fruticultura brasileira, de acordo com dados do COMEXStat. A Valexport reforça ainda o peso social da cadeia produtiva, que gera aproximadamente 250 mil empregos diretos e 950 mil indiretos, segundo a EMBRAPA. “São trabalhadores rurais, embaladores, irrigantes, motoristas, técnicos agrícolas, pequenos produtores, comerciantes e famílias inteiras que encontram na fruticultura sua única fonte de renda e dignidade em uma das regiões mais desafiadoras e carentes do país”, destacou Gualberto. Para ele, o setor é uma barreira real contra o êxodo rural e uma das principais ferramentas de combate à pobreza no semiárido nordestino. O documento aponta que, sem uma revisão urgente da tarifa, os produtores serão obrigados a redirecionar a produção excedente para o mercado interno e europeu, que não têm capacidade de absorção suficiente. A consequência, segundo a entidade, será uma queda acentuada nos preços, o colapso da rentabilidade do setor e o aumento do desemprego na região. “Contamos com o bom senso, a responsabilidade institucional e o espírito de cooperação que sempre marcaram as relações entre nossos países”, concluiu o presidente da Valexport.

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Rede Marriott investe R$ 60 milhões em hotel voltado ao setor corporativo em Suape

Empreendimento deve gerar 800 empregos e impulsionar turismo de negócios em Pernambuco. Foto: Janína_Pepeu - Secom Pernambuco foi escolhido para receber a primeira unidade da bandeira City Express by Marriott no Brasil. O novo empreendimento, batizado de Latitude Suape, será construído no Complexo Industrial Portuário de Suape, com um investimento estimado em R$ 60 milhões e previsão de geração de 800 empregos, entre diretos e indiretos, ao longo da obra e operação. A iniciativa foi oficializada nesta terça-feira (15), durante encontro no Palácio do Campo das Princesas com a governadora Raquel Lyra, representantes da Rede Marriott, da Casa Orange e da Fábrica de Hotéis. Hotel voltado ao setor logístico e industrial O hotel contará com 164 apartamentos e será voltado ao público corporativo e logístico, com estrutura funcional e moderna voltada para atender à crescente demanda do polo industrial e portuário. “A escolha se deu muito por acreditar que Suape tem uma demanda reprimida, que a gente pode vir a atender”, acrescentou Eduardo Malheiros, diretor da Fábrica de Hotéis. Projeto inclui torre empresarial e centro comercial A operação é fruto de uma parceria entre a Casa Orange, a Marriott e a Fábrica de Hotéis, responsável pela execução da obra. Além da hospedagem, o projeto prevê uma torre empresarial e um mall, criando uma nova centralidade na região. “A Marriott é a maior empresa hoteleira do mundo e agora traz o City Express para Suape”, comentou Renato Carvalho, gerente de Desenvolvimento da rede. Expansão da rede no Nordeste A unidade faz parte de um plano de expansão da Marriott, que prevê 30 novos hotéis no Nordeste nos próximos 15 anos, incluindo destinos como Porto de Galinhas e Cabo de Santo Agostinho. “O Porto é hoje um dos maiores do país, com cerca de 90 indústrias, e esse investimento representa confiança no turismo, na indústria e no próprio Complexo de Suape", Armando Monteiro Bisneto, presidente do Complexo de Suape

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Carrilho Infraestrutura inicia novo terminal de combustíveis no Porto do Pecém

Com investimento de R$ 430 milhões, obra reforça presença da construtora pernambucana no setor industrial e logístico. Na foto, o Porto de Itacoatira, no Pará, onde a empresa também tem operação. A Carrilho Infraestrutura, braço industrial da Construtora Carrilho, deu início à construção de um novo terminal de armazenamento de combustíveis no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, no Ceará. O projeto, avaliado em R$ 430 milhões em sua fase inicial, inclui 13 tanques com capacidade total de 130 milhões de litros. A operação será classificada e alfandegada, com conexão direta ao porto, e deve ser concluída em até dois anos. Estão previstos cerca de 500 empregos diretos, com prioridade para a contratação de mão de obra local. Infraestrutura estratégica para a logística nacional Com mais de uma década de experiência no setor industrial, a Carrilho já executou grandes projetos em estados como Amazonas, Rondônia, Pará e Mato Grosso. Entre eles está o porto flutuante de Itacoatiara, considerado o maior terminal fluvial do Brasil, capaz de operar durante todo o ano mesmo em condições extremas. “A localização estratégica dos empreendimentos reforça o papel da Carrilho Infraestrutura na logística nacional, especialmente na integração do agronegócio do Centro-Oeste com os corredores de escoamento do Norte e Nordeste. Temos experiência em regiões desafiadoras, unindo engenharia de alto padrão e expertise logística para movimentação de grandes volumes de carga e combustíveis”, destaca Carlos Carrilho, vice-presidente e diretor técnico da empresa. Inovação com metodologia internacional Para ampliar sua eficiência, a construtora investiu na formação do corpo gestor em Advanced Work Packaging (AWP), metodologia internacional que vem transformando o planejamento e a execução de grandes obras. Baseado em estudos do Construction Industry Institute (CII), o AWP tem gerado aumentos expressivos de produtividade e redução de riscos em projetos industriais. “Ao investir na capacitação da sua equipe, a Construtora Carrilho reafirma seu compromisso com a inovação e a melhoria contínua dos seus processos, fortalecendo sua atuação no mercado com práticas de excelência que elevam a qualidade, reduzem riscos e entregam mais valor em cada projeto”, conclui Carrilho.

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Serviços em Pernambuco recuam 3,9% em maio e destoam da tendência nacional

Segmento de transportes é o destaque positivo, enquanto outros serviços sentem efeitos da inflação e da renda disponível O volume de serviços em Pernambuco registrou queda de 3,9% em maio de 2025 na comparação com abril, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE. O resultado interrompe o avanço de 5,4% observado no mês anterior e marca o terceiro recuo mensal do setor neste ano. O desempenho estadual segue na contramão do cenário nacional, que apresentou leve alta de 0,1% no mesmo período. Na comparação com maio de 2024, o recuo foi de 0,7%, mas o acumulado de 2025 ainda mostra leve alta de 0,2%. Já o acumulado em 12 meses, com crescimento de 3%, indica uma possível recuperação no médio prazo. O destaque positivo ficou com o setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que cresceu em todas as bases de comparação: 2,1% sobre maio de 2024, 4,3% no acumulado do ano e 5,8% em 12 meses. Por outro lado, o grupo de serviços prestados às famílias teve retração de 3,4% no acumulado do ano e de 1,7% nos últimos 12 meses, mesmo com leve alta de 0,3% em maio. A queda pode estar relacionada à inflação e à redução da renda disponível no estado. Também apresentaram desempenho negativo os serviços de informação e comunicação (-3,6% no mês) e os profissionais, administrativos e complementares (-2,2% no mês), embora ambos ainda mantenham variações positivas no acumulado de 12 meses. A maior retração mensal foi registrada no grupo “outros serviços”, que inclui atividades como reciclagem, cobrança e serviços imobiliários, com queda de 4,6% em maio e recuo de 0,5% no acumulado do ano. Os dados reforçam a sensibilidade de determinados segmentos à conjuntura econômica local e destacam a importância de políticas voltadas à recuperação da atividade de serviços no estado.

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Nova gestão do Pernambuco Centro de Convenções aposta no turismo de negócios

Durante a Fenearte, consórcio apresenta primeiros resultados e plano estratégico para reposicionar o CECON como referência no setor. Na imagem acima: Thiago Soares (Diretor de Operações), Antônio Peçanha (Diretor-executivo), Alexandre Manata (Acionista), Nenety Cristiano (Acionista), Wesley Rodrigues (Acionista). Durante a 25ª Fenearte, maior feira de artesanato da América Latina, o Consórcio CID Convenções Pernambuco apresentou a nova gestão do Pernambuco Centro de Convenções (CECON), equipamento estratégico para o turismo de negócios no Estado. O grupo mineiro — formado por Conata Engenharia, Infracon Engenharia e Dezembro Eventos — já implementou ações de modernização e anunciou um plano estratégico voltado à eficiência operacional e ao reposicionamento do espaço como polo de grandes eventos. Estrutura e diferenciais do CECON Com um pavilhão de 20 mil m² — o maior do Nordeste —, teatro para quase 2,4 mil pessoas, amplo estacionamento e localização estratégica, o CECON oferece infraestrutura para sediar feiras, congressos e espetáculos simultaneamente. “Assumimos o compromisso de requalificar o Pernambuco Centro de Convenções para oferecer aos clientes e visitantes um equipamento moderno, versátil e competitivo”, afirmou o Diretor de Operações, Thiago Soares. Entre os primeiros avanços estão melhorias no sistema de climatização, iluminação, paisagismo e reestruturação de equipes. Liderança técnica e parcerias estratégicas A gestão é comandada por Antônio Peçanha (CEO), Thiago Soares (Operações) e Gabriela Diaz (Comercial), profissionais com vasta experiência em concessões, infraestrutura e captação de eventos. A nova equipe atua em articulação com o Governo do Estado e o Recife Convention Bureau para fortalecer a presença de Pernambuco no circuito nacional e internacional de feiras e encontros corporativos. Roadshows e feiras especializadas fazem parte da estratégia de divulgação. Turismo de negócios movimenta a economia De acordo com a Empetur, o turismo de negócios segue como uma das atividades mais relevantes para a economia pernambucana, impulsionando setores como hotelaria, gastronomia, transporte e comércio. A nova gestão reforça o papel do CECON como motor desse segmento, com infraestrutura moderna e flexível, capaz de atender demandas de grandes promotores e agentes de turismo corporativo.

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