Lanterna Mágica: projeto reúne textos e ilustrações inspirados em jornais pernambucanos do século XVIII

Ser um canal de ruptura de narrativas tradicionais é um dos objetivos do novo projeto do artista visual Fernando Rezel, o Lanterna Mágica. Com ilustrações construídas digitalmente, o projeto, lançado oficialmente no último dia 10 de novembro e que segue até o final de 2021, trabalha expressões artísticas que se traduzem em textos poéticos com identidades visuais próprias.

O nome “Lanterna Mágica” surge a partir de um dos jornais publicados em Recife, no século XVIII, e encontrados a partir de uma pesquisa artística no acervo da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe). Como jornal satírico, os textos e charges se concentravam em discursos críticos sobre as ações de personagens no centro da política pernambucana da época, sobre questões sociais como a escravidão, acontecimentos sociais como bailes e horários de trens que andavam pelo estado. “O nome permanece neste projeto não pela sua característica histórica que envolve o jornal, mas pelo sentido que representa. Nosso objetivo é formar uma série de obras que ilustrem a relação entre a época e a realidade política atual, além de trazer elementos sobre religião, regionalidade, entre outras temáticas”, explica Fernando.

Lançadas digitalmente, as obras estão presentes no Instagram oficial do projeto. Rezel, nascido no interior Pernambucano, no município de Garanhuns, entende que arte serve não apenas para romper barreiras sociais, mas físicas. “Mesmo com todas as narrativas enfrentadas enquanto artista LGBTQI+ morando no interior, lanço o Lanterna Mágica propondo a arte digital como um canal de quebra; um veículo que reflete a arte não em um espaço físico, como uma galeria de arte, que também é fundamental para a criação e conhecimento, mas um espaço liberto de paredes, fluido e de maior acessibilidade”, comenta o artista visual.

Com a construção textual, conceito e ilustrações inéditos, o Lanterna Mágica reúne 11 ilustrações e 11 poemas. Conheça os títulos das obras: 1) Tardígrado; 2) O sólido espaço da incerteza; 3) O descanso; 4) O ato de abrir a boca e não falar nº1; 5) O ato de abrir a boca e não falar nº2; 6) Leitura do destino noturno; 7) Diário. 14 de outubro, 2019; 8) Mary V., Mary V.!; Cangaço Cyberpunk Cut [(9) O sol; (10) Mãe; (11) Recife em Chamas]. A obra Cangaço Cyberpunk Cut possui três ilustrações que serão complementares. O projeto é contemplado pelo Prêmio Armando Rocha, incentivado pela Lei Aldir Blanc de Garanhuns no ano de 2021.

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