Maior diálogo entre os portos de Suape e de Koper (da Eslovênia)

As possibilidades proporcionadas pelo Porto de Suape são estratégicas dentro do mercado global. De olho nisso, o consulado da Eslovênia tem desenvolvido um projeto de cooperação entre o porto pernambucano e o de Koper, que é uma porta de entrada para a Europa Central.

“Vislumbramos um maior diálogo entre os portos de Suape e Koper para a entrada na região dos Bálcãs. É uma estratégia que foi delineada não para que esses sejam portos fins, mas meios, para o escoamento das produções de Pernambuco e da Eslovênia”, detalha cônsul esloveno Rainier Michael. “Estamos levantando informações estratégicas para que o empresário pernambucano consiga enxergar a Eslovênia e vice-versa”.

Para embasar essa proposta de cooperação, foi elaborado um estudo pela AD Diper (Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco). O assessor técnico de gerência de comércio exterior da agência João Canto lembra que Suape tem um tratado com o Porto de Miami, que não gera negócios, é apenas formal. Mas a proposta do acordo com Koper é de dinamizar a circulação de mercadorias com o mercado europeu.

“Pretendemos viabilizar negócios. Por pensarmos muito na Europa Ocidental não temos visto as oportunidades na Europa Central. Além disso, o Porto de Koper atinge os principais mercados internos nessa região que não tem acesso ao mar”. A exportação pernambucana de frutas, cachaças e dos produtos das indústrias farmacêutica e de autopeças são alguns dos potenciais apontados pelo estudo de viabilidade econômica.

ARGENTINA
O cônsul Jaime Beserman também está atento à possibilidade de aumentar o fluxo de importações e exportações para a Argentina via Suape. “O mercado da região é muito importante para nós. Mas percebemos que os nossos produtos chegam ao Nordeste por São Paulo, pelas rodovias. Isso aumenta o tempo, o custo, além de poder afetar as condições das mercadorias. Desembarcar aqui, a partir de Suape, é muito interessante para os produtos argentinos chegarem direto aos players locais, sem outros intermediários”.

Ele calcula que um contêiner de São Paulo para o Recife custe entre US$ 3 mil e US$ 4 mil. Se viesse de Buenos Aires para Suape, o custo seria de US$ 1 mil. “Existe uma vantagem competitiva muito interessante nesse modal de transporte”, avalia Beserman.

(Por Rafael Dantas, repórter da Algomais)

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