Microbiota intestinal é fundamental na saúde e na doença

Sem os microrganismos que compõem a microbiota intestinal o ser humano não poderia sobreviver, porque são fundamentais para a conversão dos componentes indigeríveis, regulação energética, síntese de vitaminas, produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), proteção contra patógenos e modulação do sistema imune.

Cada ser humano tem uma microbiota intestinal única, como uma impressão digital, que se forma a partir do nascimento, ganha características específicas de acordo com o tipo de parto e o tempo de amamentação, e permanece inalterada ao longo da vida. Entretanto, fatores como idade, uso excessivo de antibióticos, estresse e, especialmente, alimentação, podem interferir na qualidade da microbiota, com consequências na saúde.

As bactérias intestinais contêm uma ampla variedade de enzimas e produzem substâncias que tanto podem ser benéficas quanto prejudiciais ao organismo. Algumas espécies de microrganismos intestinais possuem ação protetora sobre o trato gastrointestinal humano por meio do controle no desenvolvimento de bactérias nocivas e da ação protetora contra infecções. Por outro lado, existem bactérias ‘patogênicas oportunistas’ que não agem prejudicialmente quando a saúde está em ordem, manifestando a sua patogenicidade quando a resistência imunológica diminui.

A microbiota intestinal é relativamente estável em indivíduos sadios, mas pode sofrer alterações pela condição fisiológica, emocional, ingestão de medicamentos e interação das bactérias intestinais. Padrões anormais de microbiota podem ser vistos nas anomalias de peristaltismos intestinais, câncer ou pós-cirurgias, bem como em distúrbios gastrointestinais, gastrohepáticos, anemia perniciosa, radioterapias, estresse, imunodeficiências, ingestão de antibióticos ou em processos de envelhecimento.

A alimentação desbalanceada, rica em gorduras e pobre em fibras, resulta na presença elevada de metabólitos preferidos pelas bactérias nocivas presentes no intestino. O aumento excessivo das bactérias nocivas provoca um desequilíbrio na microbiota intestinal e uma elevação na concentração de toxinas circulantes do organismo, o que pode afetar a saúde e desencadear até o temido câncer.

As pesquisas sobre a microbiota intestinal são realizadas desde o século 19 e cientistas de várias partes do mundo – inclusive do Brasil – têm investigado de que maneira esse microscópico ambiente pode interferir em inúmeras situações de saúde e doença. As técnicas desenvolvidas na área da biologia molecular têm sido amplamente utilizadas para esses estudos, o que amplia as possibilidades de pesquisas.

Já existem muitas comprovações sobre a relação dos microrganismos intestinais e a saúde, que incluem desde a prevenção e auxílio nos tratamentos de doenças intestinais – como constipação e diarreia – até importantes efeitos sobre o sistema imunológico. Alguns estudos também indicam que a microbiota intestinal pode influenciar o perfil de risco cardiometabólico e, cada vez mais, tem sido demonstrado que tem relação com enfermidades como diabetes e obesidade.

Mais recentemente, os cientistas passaram a investigar o eixo microbiota-intestino-cérebro e estão tentando compreender essa relação com o surgimento de transtornos mentais como depressão, ansiedade, doença de Parkinson, mal de Alzheimer e até mesmo o autismo.

Há consenso de que os alimentos com probióticos possuem um número suficiente de microrganismos vivos capazes de sobreviver ao trânsito gastrointestinal e chegar em grande quantidade para colonizar a microbiota natural do intestino, onde exercem um efeito protetor no metabolismo humano. Os probióticos também têm sido considerados fortes aliados na manutenção da saúde, porque controlam o crescimento das bactérias nocivas e promovem a estabilização do ambiente intestinal.

Um dos microrganismos mais estudados no mundo é o Lactobacillus casei Shirota, isolado em 1930 pelo cientista japonês Minoru Shirota e utilizado nos leites fermentados da Yakult. No Instituto Central Yakult, localizado em Kunitachi, Tóquio, são realizados intensivos estudos para investigar a microbiota intestinal com objetivo de avaliar o relacionamento com a fisiologia humana.

Entre muitas comprovações, há estudos que demonstram que o probiótico L. casei Shirota também possui ação positiva no combate a substâncias cancerígenas e na defesa imunológica do organismo. Para que o sistema de defesa seja forte o suficiente é preciso que o organismo esteja sadio e, para isso, o sistema digestório deve funcionar perfeitamente. É neste sentido que o probiótico L. casei Shirota pode contribuir para a saúde de todas as pessoas.

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