A Mobilidade que Precisamos

A mobilidade urbana é um dos pilares defendidos pelo projeto O Recife que Precisamos 2021. Enviamos para os candidatos a pergunta abaixo e publicamos hoje na íntegra as respostas de Mendonça Filho (DEM), Delegada Patrícia Domingos (Podemos), Marília Arraes (PT), João Campos (PSB), Charbel Maroun (Novo) e do Coronel Feitosa (PSC). Os demais prefeituráveis não responderam até o final desta edição ou não foram localizados.

A mobilidade urbana é uma das principais preocupações dos recifenses. Quais as suas propostas para melhorar a mobilidade no Recife? Alguma proposta referente à mobilidade ativa?

MENDONÇA FILHO

A mobilidade na cidade do Recife tem piorado nas últimas duas décadas, graças ao adensamento populacional ocorrido sem o devido planejamento e controle. A situação é tão grave que o Recife está entre as 15 cidades com pior tráfego do mundo. Para mudar esse cenário é preciso um verdadeiro choque de gestão. Quando formos eleitos, iremos concluir e implementar um Plano Municipal de Mobilidade que dará prioridade para o transporte coletivo. Vamos promover a reestruturação dos corredores exclusivos (Linha Azul) de ônibus; criar um programa que garanta internet nos ônibus que circulam no Recife e atuar fortemente enquanto integrante do Consórcio Grande Recife para garantir a retomada e a plena operação do sistema transporte BRT. Sem esquecer da mobilidade ativa, iremos garantir a expansão das ciclovias e ciclofaixas e promover um amplo processo de construção e recuperação de calçadas propiciando condições adequadas de acessibilidade para o uso da caminhada como um modal de deslocamento.

MARÍLIA ARRAES

O Recife tem o trânsito mais congestionado do Brasil, o 3º pior da América do Sul e o 15º do mundo, segundo a pesquisa TomTom Traffic de 2019. Também somos a 9ª capital mais violenta no trânsito no país. Para melhorar a mobilidade no Recife, vamos criar o Observatório da Mobilidade para analisar e estudar os diferentes aspectos ligados à mobilidade da RMR. Também vamos democratizar o espaço viário em prol da melhoria da qualidade do transporte público coletivo, ampliando as faixas azuis nas ruas e avenidas da cidade. Também temos o objetivo de integrar o sistema cicloviário atual aos corredores estruturantes de transporte, criando condições de circulação segura para as áreas da cidade com maior potencial de emprego. O Recife também ocupa a 7ª posição no ranking mundial de tempo perdido em deslocamentos no transporte público, por isso é fundamental investir no transporte ativo. Vamos adotar uma política de manutenção e construção da malha cicloviária eficiente que dialogue com a necessidade das bicicletas. É fundamental, ainda, que o Recife tenha uma presença mais eficaz dentro do Consórcio Grande Recife, uma participação mais ativa.

DELEGADA PATRÍCIA

Nós temos o projeto Transporte Massa. Vamos tirar o Recife do Consórcio Grande Recife, um consórcio que nos aprisiona, onde o Recife não tem poder de decisão. Vamos municipalizar o transporte entre os bairros. Exigir no termo de licitação que todos os veículos tenham ar condicionado. Também vamos colocar em debate a redução do preço da passagem, de acordo com o trecho que o passageiro percorrer dentro do município.

CORONEL FEITOSA

Um dos problemas no Recife, é que muitos serviços de carga e descarga de veículos de grande porte são realizados nos horários comerciais, ou seja, de maior pico. No meu governo, isso será regulamentado, pois irei estabelecer regras de restrição para a circulação, estacionamento, carga e descarga de veículos de grande porte dentro da área urbana da cidade, com delimitação de horários para evitar o congestionamento de locais com fluxo intenso.

Haverá uma flexibilização de horários e também de jornada. Quando falo em flexibilização de jornada, quero dizer que irei dialogar com escolas, construção civil, empresas, comércio, etc., para que haja uma flexibilização de horários nas entradas e saídas para que não coincidam, evitando o trânsito intenso na cidade do Recife.

Irei resolver os problemas de mobilidade com inversões do trânsito em mão única em horários de maior movimento, ofertando veículos coletivos menores e com maior frequência, além de regulamentar mototáxis e incentivar a carona coletiva. Em relação à mobilidade ativa, as bicicletas são consideradas, no mundo todo, um meio de transporte alternativo, sendo, até mesmo, um equipamento de trabalho para muitas pessoas.

Dessa forma, irei criar ciclovias nos principais corredores para que tenham conectividade para que haja deslocamentos para quem vai trabalhar e estudar, e não apenas para o lazer. Irei ainda promover campanhas de segurança no trânsito para motoristas e ciclistas, para reduzir os índices de acidentes nas ruas da cidade.

Pretendo solicitar a ampliação do metrô e cuidar das calçadas para que as pessoas possam andar a pé e com acessibilidade.

JOÃO CAMPOS

A mobilidade urbana é um desafio enorme, de toda grande cidade e existe espaço para avanços e renovações. Com muito mais força, vamos fazer o exercício da nossa presença no consórcio metropolitano. Isso quer dizer que vamos cobrar por rotas melhores e mais otimizadas, o que evitará a longa espera nas paradas. Vamos cobrar por uma melhora na frequência do transporte, o que evitará a superlotação. Vamos cobrar por uma melhora na qualidade do próprio ônibus. É um absurdo que as empresas não assumam a responsabilidade por essas melhorias. Tocando diretamente na questão da mobilidade ativa, outro ponto fundamental: sem gerar uma nova estrutura física, apenas reorganizando o que existe na prefeitura, será criada uma área para cuidar especificamente da mobilidade humana: pedestres, ciclistas e passageiros de transporte coletivo seguirão como uma prioridade, merecem políticas específicas ainda mais fortes, que se fazem urgentes. Estamos falando de 71% de recifenses que se locomovem a pé ou usam o transporte coletivo para deslocamento. As ações exitosas, como a implantação de novas ciclovias e a faixa exclusiva de ônibus, serão ampliadas. Em relação às ciclovias, vamos ampliar a malha em pelo menos 100 km, trabalhar a sua implantação em grandes eixos de mobilidade e fazer a ligação entre esses espaços. Sobre as calçadas, vamos manter e ampliar o programa de requalificação existente, avançando no passeio público para pedestres. Por fim, pretendemos usar o que tem de mais avançado em termos de capacidade intelectual e produtiva para reorganizar as rotas, fluxo de trânsito e sinais. Faremos isso com a engenharia de tráfego e softwares, algo que não é caro e que tem efeito prático.

CHARBEL MAROUN

A mobilidade será tratada em várias frentes.

Em relação ao transporte coletivo por ônibus, buscaremos uma atuação ativa junto ao Consórcio Grande Recife, exigindo melhoria na qualidade e a abertura de concorrência para possibilitar mais empresas operando no sistema e de variadas formas, como por exemplo permitindo o transporte público sob demanda.

Entregaremos a navegabilidade do Capibaribe a iniciativa privada para que seja realizado com recursos próprios.

Teremos um foco especial nas calçadas de nossa cidade, que atenderão a um padrão mínimo de largura que possibilite cadeirantes, carrinhos de bebê, bem como deverão ter áreas verdes para escoamento das chuvas e pisos não escorregadios. Vamos implantar um projeto incentivando empresas adotarem calçadas com reforma e manutenção para em troca explorarem comercialmente.

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